
Historiador com alma de jornalista investigativo, Mann colabora com as revistas "Science" e "Atlantic Monthly". Virá ao Acre para conhecer os geoglifos.
A edição americana de "1491" ficou 28 semanas na lista dos mais vendidos do New York Times. A edição em português, da editora Objetiva, traz fotos dos geoglifos do Acre.
Quando o livro foi lançado nos EUA, o paleontólogo Alceu Ranzi escreveu para o autor, que logo informou a intenção de conhecer o Acre.
Mann estará acessível ao público às 18 horas, no Pavilhão da Integração, na Expoacre, onde fará uma palestra.
"1491", taí um livro fundamental, uma obra seminal, vivamente recomendável, sem restrições. Ninguém sai dele indiferente. Pululam micos no sótão. Charles Mann dá conta e informa, de uma maneira simples e objetiva, do que há de mais recente e atualizado nas áreas de arqueologia, antropologia, biologia, geologia e o escambau, capaz de revolucionar por completo tudo quanto até hoje pensamos e falamos sobre ocupação das Américas e meio ambiente (e como se fala besteira!). São fantásticas revelações como o fato de que entre nós, antes do "descobrimento", havia provavelmente mais gente vivendo por aqui do que na Europa. E certos povoamentos detinham população muito maior do que qualquer cidade européia à época, desfrutando inclusive melhorias e confortos produto do engenho humano local que a Europa nem sonhava existisse. Culturas agrícolas, por exemplo do milho, encontram-se na prática entre as primeiras e talvez maiores proezas da engenharia genética em todos os tempos. A floresta era manejada de forma que até hoje não chegamos a entender, mas suficiente para sabermos que se trata de uma criação humana e que não tem nada de prístina como querem os ongueiros ecologistas a soldo, defensores do mito moderno da natureza intocada. Enfim, não é que outro mundo era realmente possível?
ResponderExcluirPelo que vejo, querem aposentar Deus definitivamente. Só falta descobrir que as nossas Florestas e o conhecimento como um todo não são obra Dele e foram importadas de outro planetas através de "deuses" astronautas.
ResponderExcluirDeus também é uma invenção humana, como as florestas. Das maiores, mas invenção humana. Existisse de fato e deveria ser intimado a comparecer à delegacia de polícia mais próxima e responder pelo fracasso de sua criação.
ResponderExcluirAltino, estão organizando uma grande manifestação de rua para colocar o Lula fora. Veja o banner no meu blog: www.edineimuniz.blog-se.com.br
ResponderExcluirVeja se vc tem interesse de colocar também no seu.
"Pelo que vejo, querem aposentar Deus definitivamente. Só falta descobrir que as nossas Florestas e o conhecimento como um todo não são obra Dele e foram importadas de outro planetas através de "deuses" astronautas."
ResponderExcluirDeus só não existe objetivamente, como teve sua morte anunciada. Nietzche fez isso.
Prefiro ficar com a opinião desse senhor aí abaixo, que tem mais pontos de contato com a minha própria:
ResponderExcluir“A mais bela e profunda emoção que se pode experimentar é a sensação do místico. Este é o semeador da verdadeira ciência. Aquele a quem seja estranha tal sensação, aquele que não mais possa devanear e ser empolgado pelo encantamento, não passa, em verdade, de um morto.
Saber que realmente existe aquilo que é impenetrável a nós, e que se manifesta como a mais alta das sabedorias e a mais radiosa das belezas, que as nossas faculdades embotadas só podem entender em suas formas mais primitivas, esse conhecimento, esse sentimento está no centro mesmo da verdadeira religiosidade.
A experiência cósmica religiosa é a mais forte e a mais nobre fonte de pesquisa científica.
Minha religião consiste em humilde admiração do espírito superior e ilimitado que se revela nos menores detalhes que podemos perceber em nossos espíritos frágeis e incertos. Essa convicção, profundamente emocional na presença de um poder racionalmente superior, que se revela no incompreensível universo, é a idéias que faço de Deus.”
ALBERT EINSTEIN (1879-1955)
Um detalhe: Einstein era judeu.
ResponderExcluirEu prefiro Bertrand Russell:
ResponderExcluir"Há algo de pusilânime e desprezível em um homem que não pode enfrentar os perigos da vida sem a ajuda de mitos confortantes. É quase inevitável que uma certa parte de sua consciência saiba que são mitos, nos quais acredita somente porque são confortantes. Mas ele não se atreve a enfrentar essa idéia! E mais, uma vez consciente, mesmo que vagamente, de que suas opiniões não são racionais, ele fica furioso quando elas são contestadas".
E Jesus Cristo também.
ResponderExcluirCertamente, Bertrand Russel comprovou a inexistência de Deus, mas esqueceu de demonstrar-nos como, pois com simples axiomas é impossível demonstra-lo..
ResponderExcluirNossas preces são enfermidades da vontade, e nossas crenças, enfermidades do intelecto, diria Emerson (Ensaios). O Novo Testamento é mito e fé, não se trata de relato factual. Jesus é um deus teológico que carece tanto de história quanto de biografia. Neste sentido, é um triunfo da imaginação. A fé paulina substitui a informação. E a busca infinda do Jesus histórico tem fracassado, na medida em que são poucos os pesquisadores que apresentam algo além de reflexões da própria fé ou do próprio ceticismo. Graças a uma única obra, do historiador Flávio Josefo (suspeito, pois foi um dos líderes da Rebelião Judaica, que salvou a própria pele bajulando imperadores e proclamando Vespasiano como o Messias) sabemos ao menos que um Jesus existiu, ainda que como figura periférica, em um século que culminou com a destruição de grande parte de Jerusalém e do Templo de Javé, pelos romanos, no ano 70 da Era Comum. Claro, para quem aceita a encarnação, nada disso importa. Também o judaísmo é igualmente incerto: terá o Êxodo, de fato, ocorrido? Os milagres de Cristo, à semelhança dos de Javé (Velho Testamento) só convencem os convertidos. Jesus é o Sócrates judeu e supera o mentor de Platão na qualidade de mestre supremo da sapiência obscura, confrontando a todos, fiéis e infiéis, com um conjunto de alegorias, enigmas e charadas. A “nova aliança” baseia-se, forçosamente, em uma leitura entre errônea e falsificada da Bíblia hebraica pelos neocristãos. Sete versões autônomas e independentes entre si de Jesus podem ser consideradas, em sua provável ordem cronológica: Paulo (e as epístolas, escritas após 40 anos da morte de Jesus, antecedem os evangelhos), Marcos, Mateus, Lucas e Atos dos Apóstolos, Tiago, João e o Apocalipse. Já o islamismo considera Jesus um predecessor profético do último mensageiro de Alá: Maomé. E o monoteísmo de judeus, muçulmanos e cristãos é tão severo quanto perene. A oscilação no cristianismo entre amor e ódio aos judeus, por exemplo, tem inspirado uma longa história de violência. Paulo, fariseu de formação, grosso modo, não apresenta a intensidade virulenta e anti-semita de João, flagrantemente contrário aos judeus. O mesmo ocorre depois com Lutero. Enquanto isso, o islamismo apresenta todas as características de um grande culto da morte (se Javé é senhor da guerra, Alá é terrorista suicida, vide Al Qaeda). Assim que toda religião, para Freud, judeu ferrenho e ateu convicto, reduz-se ao desejo pelo pai, uma ambivalência edipiana (O futuro de uma ilusão). E Goethe, grande ironista, observou: “enquanto estudantes da natureza, somos panteístas; como poetas, politeístas; enquanto seres morais, monoteístas”. E talvez razão em tudo assista a Kierkegaard, teólogo dinamarquês do século XIX, que teceu provocações ao invés de oferecer panacéias, condenado em seu tempo como crítico veemente do cristianismo e mais conhecido como fundador do existencialismo. Kieregaard censurou a religião por seu um refúgio para os tímidos e os complacentes: “os ensinamentos de Cristo diluíram-se tanto e degradaram-se a tal ponto que praticamente se aboliu o cristianismo em nome de Cristo... Só se pode ser cristão na oposição”.
ResponderExcluirAltino, tentei mandar uma mensagem para comentar sobre o Livro 1491, que estou acabando de ler, e achei muito interessante, alias um dos melhores, sobre este assunto que já li ate hoje, alias gosto muito deste assunto e tenho lido sempre bastante livros principalmente sobre o que éramos aqui antes dos Europeus chegarem por volta de 1490, e um dos bons livros é de um escritor Peruano, filha de uma princesa Inka, com um oficial Espanhol, e que foi publicado por volta de 1570 na Espanha, que é um espetáculo de livro, mas olha este escritor do 1491, suas pesquisas são espetaculares. Gostaria de estar presente em sua palestra.
ResponderExcluirParabéns pela matéria, e eu recomendo o livro.
Um Abraço,
George Pinheiro
Pelo amor de Deus, tira Deus desta historia ai isto e blasfêmia contra Deus o criador da humanidade, coisa vem em para quem falou, aposenta Deus quem disse? Que falta de respeito com Deus.
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