Notas sobre o Acre da seção Salada Verde do site O Eco:
Agora não
O governo do Acre adiou o lançamento de seu Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE). Segundo a explicação oficial, o governador Binho Marques (PT) teve um conflito de agendas. Extra-oficialmente, ele quer conhecer melhor o plano, cozinhado no governo de seu antecessor, antes de sancioná-lo.
Reação
A fase final do ZEE do Acre foi fechada nos últimos meses do mandato de Jorge Viana (PT) e levada à Assembléia Legislativa para aprovação em dezembro passado. Os ruralistas nunca gostaram do plano original. Mas conseguiram, na última hora segundo o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Acre, Assuero Doca Veronez, convencer o governo a permitir a produção em terras que seriam destinadas à conservação.
Percentuais
As últimas versões do macrozoneamento do Acre separaram 49% do território estadual para uma "zona de uso sustentável dos recursos naturais e proteção do meio ambiente". Não se sabe ainda quanto disso será destinado à áreas de proteção integral. À zona para agropecuária cobre com 24% da extensão do estado. Outros 26,2%, nessas versões preliminares, estavam sem destinação específica.
Liberou
O novo zoneamento do Acre pode muito bem ter um duplo sentido. Afinal, ele prevê um presente para quem aderiu a notória bagunca nacional e mandou para o chão as matas de sua reserva legal. Assim como aconteceu em Rondônia, para "fins de recuperação", o proprietário pode manter uma reserva de 50% e não estar irregular, desde que comprove que está fazendo a recomposição florestal. O diacho é fiscalizar isso.
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