
O experiente delegado Renato Mota - com 35 anos de trabalho na Polícia Civil no Juruá e hoje residente em Thaumaturgo, - informou que na cidade o atendimento foi feito pelos médicos locais. Os pacientes iam até a balsa apenas para apanhar 3 a 4 remédios comuns. Segundo ele, o paciente nem consegue entrar na balsa, sendo atendido na ponta da prancha.
Quando os membros da expedição se encontravam na cidade de Porto Walter, na tarde de segunda-feira, a suntuosa embarcação que vinha da Foz do Breu ancorou por lá. Ela é de fato um espetáculo de construção naval, com beleza e luxo para ser apreciada à distância.
Os membros da expedição – desembargador Arquilau Melo, paleontólogo Alceu Ranzi, jornalista Elson Martins, procurador do Estado e cineasta Rodrigo Neves, artista plástico Marqueson Pereira, biólogo Thiado Ranzi e cinegrafista Neovan Negreiros – viajam em barco comum, dormem em redes e fazem comida a bordo.
Durante as paradas sofrem com os ataques de mosquitos. O local onde a presença dos insetos pareceu mais intensa, até agora, foi o Juruá Mirim.
- Aqui é a central dos mosquitos - explicou um morador, rindo da agonia dos visitantes.
- Talvez por isso nosso rio seja esquecido pelas autoridades - emendou outro morador.
O rio Juruá está cheio, mas com leve sinal de vazante, o que torna a subida nos barrancos enlameados bem penosa. A previsão, entretanto, é de que o nível das águas vai subir logo porque chove muito nas cabeceiras dos rios.
Essa previsão deve se confirmar com a chuva forte que recepcionou a expedição na chegada a Thaumaturgo e que se manteve na quarta-feira impedindo que os expedicionários fossem visitar os índios ashaninka no rio Amônia, utilizando lanchas voadeiras. (E.M)
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