O editor do Observatório da Imprensa Online, Luiz Egypto, citou hoje Lúcio Flávio Pinto no rádio para exemplificar que é difícil exercer a liberdade de imprensa em certas regiões do país.
Egypto:
- O jornalista paraense Lúcio Flávio Pinto vive um paradoxo que seria curioso se não fosse absurdo. Ele é editor do Jornal Pessoal, de Belém do Pará, e repórter com décadas de experiência na cobertura de assuntos da Amazônia. Lúcio foi um dos três jornalistas escolhidos para receber o Prêmio Internacional da Liberdade de Imprensa, concedido pelo Comitê para a Proteção dos Jornalistas, organização não-governamental com sede nos Estados Unidos.
O jantar em homenagem aos premiados realizou-se ontem, terça, no antigo e ainda elegante hotel Waldorf Astoria, em Nova York. Mas Lúcio não pôde comparecer. Ele não saiu de Belém para não correr o risco de perder algum prazo nos 18 processos que responde em razão de seu trabalho jornalístico. São processos que têm duas características em comum: todos são baseados na Lei de Imprensa, entulho autoritário em vigor desde 1967, e todos derivam de matérias envolvendo assuntos de interesse público, em especial a grilagem de terras na Região Amazônica. Liberdade de imprensa é isso aí.
Nota: O programa do Observatório da Imprensa no rádio tem duração de cinco minutos, apresentado pelo jornalista Mauro Malin e com participação de Alberto Dines. É transmitido de segunda a sexta-feira, às 9h, pela Cultura FM (103,3 mHz) de São Paulo e, no Rio de Janeiro, pela Rádio MEC AM (800 kHz), às 10h, e Rádio MEC FM (98.9 mHz), às 10h05.
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