A Expedição Científica Andes-Amazonas está sendo preparada pela Organização Sócio-Ambiental e Expedições Científicas (Ambi), com o apoio da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), dos Ministérios do Meio Ambiente, dos Transportes, e dos Institutos Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), universidades federais do Amazonas e do Acre, além da Agência Nacional de Águas e do Ibama.
De acordo com o geólogo Paulo Roberto Martini, do Inpe, a utilização dos sistemas de Informação geográficas (SIG) e de georreferenciamento por satélite apontam uma nova medida para o Amazonas. Segundo ele, foi possível montar um mosaico de imagens sobre o rio, transformando-as em imagens cartográficas.
O trabalho agora é classificar a água do rio, reconhecendo os canais principais, já que o Amazonas é cheio de meandros e ilhas, disse Martini. O geólogo explicou, ainda, que os estudos estão acompanhando o Amazonas, considerando seu principal formador o rio Ucaiali, mais extenso que o rio Maranhão, usado na medição tradicional por ter maior volume de água.
Além de apoiar o projeto, o Ministério do Meio Ambiente participará da expedição com técnicos da Secretaria de Recursos Hídricos, Agência Nacional de Águas e Ibama. Os pesquisadores não só percorrerão o rio como passarão pelas costas atlântica e pacífica, montanhas andinas, florestas e bacias hidrográficas do Orinoco (Peru) e da Amazônia, analisando aspectos sociais e antropológicos.
O foco dos estudos, no entanto, são as águas da região. De acordo com o hidrólogo da Secretaria de Recursos Hídricos do MMA, Jonair Mongin, os sedimentos que estão sendo transportados pelo rio Amazonas dos Andes para o oceano Atlântico são depositados na Costa Atlântica do norte da América do Sul e estão reconfigurando o continente.
Fonte: Ministério do Meio Ambiente
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