"Mistura indigesta"
A saída da radialista e vereadora Eliane Sinhasique (PMDB) da Gazeta FM rende mais um episódio nesta quarta-feira.
O secretário estadual de Comunicação, Leonildo Rosas, ontem, no Twitter, disse que "a saída da vereadora está sendo explorada de forma mentirosa e leviana".
Rosas acrescentou:
- Os proprietários deviam se pronunciar a bem da verdade.
Jornal A Gazeta, que estava calado, obedeceu. Prefiro ignorar o mérito da polêmica.
O que abalou meus nervos de aço foi a afirmação, em editorial, que a rádio e o jornal "fazem jornalismo, sem opções políticas e, sobretudo, partidárias".
O jornal, todos sabemos, foi montado com verba pública durante a gestão do governador Flaviano Melo (PMDB). O dinheiro para compra da impressora, por exemplo, foi transferido diretamente pelo extinto Banacre para conta de uma empresa de Goiânia.
A operação destrambelhada, denunciada pelo então senador Mário Maia (PMDB), resultou em escandaloso processo que quase custou a queda do governador, que manteve um primo como sócio proprietário do jornal.
Eis o editorial:
"O jornal A GAZETA e a rádio GAZETA FM 93 tem por princípio não confundir e misturar jornalismo com opções políticas e, sobretudo, partidárias. Foi em virtude desse princípio que se deu o afastamento da vereadora pelo PMDB, Eliane Sinhasique, do seu programa terceirizado “Programa da Eliane”, que ia ao ar pela rádio das 14 às 17h.
Trata-se de uma mistura indigesta que não dá certo por envolver e confrontar posições políticas partidarizadas e, por vezes, interesses pessoais com a imparcialidade e a obrigação que o jornalismo impõe de ouvir e expor os diversos lados de uma questão para que os leitores e ouvintes tirem suas conclusões.
Como a própria vereadora peemedebista expôs em sua despedida no microfone, a situação havia chegado ao ponto de se sentir desconfortável, como estava criando desconforto também para a direção da empresa. Tanto é que ela já havia acertado sua saída da emissora.
O jornal A GAZETA e a rádio GAZETA FM 93 fazem jornalismo, sem opções políticas e, sobretudo, partidárias. Ao longo desses 27 anos de sua história têm mantido e zelado por este princípio, independentemente de partidos políticos que governaram, estão governando ou virão a governar este Estado.
Nada, portanto, de anormal ou traumático em mais esta decisão. O princípio do bom jornalismo prevaleceu mais uma vez. Quaisquer outras versões ou especulações não condizem com a verdade."
4 comentários:
Uma frase que não esqueço do Sr Sílvio Martinello: "Não faço mas panfleto. Tenho que sobreviver". Isso ai, foi dito a mim lá nos estertores da década de 1980, quando este já era um testaço de ferro do Flaviano Melo no panfletinho o REPIQUETE e depois jornal Gazeta do Acre e posteriormente A GAZETA. Então ai se vê pra que serve o jornalismo sem partido de A GAZETA, O RIOBRANCO e etc... Pra se informar razoavelmente bem aqui nestas terras de Galvez ultimamente, você tem que recorrer a NET, porque essa imprensa escrita no papel é de embrulhar o estômago e só serve pra limpar vidros e colocar no piso do carro!
Mais que nota sem vergonha é essa do Jornal Agazeta e radio 93,3 fm, dizendo que não faz jornalismo com cores partidarias e politicas. Bem já que nessa empresa não se faz jornalismo com cores partidarias então mostre para o eleitor e o povo, o que realmente acontece de verdade no nosso combalido estado.
Essa de "operação destrambelhada" foi do CACETE. Altino, vc realmente é o CARA. Aproveito a oportunidade para solicitar que vc republique aquela estupenda CARTA DE REPÚDIO de autoria do sócio majoritário do "A GAZETA". É bom relembrar.
Mais uma prova de que se você critica o "projeto político" dos líderes do Acre você vira o demônio em forma de gente!
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