sexta-feira, 11 de janeiro de 2013
GAROTA DELIVERY
Universitária, 22 anos, noiva, identificada pela operação Delivery, a jovem revela em entrevista exclusiva parte do submundo da prostituição em Rio Branco envolvendo pessoas influentes e garotas pobres e até de classe média alta.
Denunciados e testemunhas envolvidas com a rede de prostituição desarticulada pela operação Delivery já foram intimados pelo juiz Romário Divino, titular 2ª Vara da Infância e da Juventude. As audiências serão realizadas entre os dias 22 de janeiro e 2 de fevereiro.
A entrevista completa com a universitária, que não pretende parar de fazer programas até que tenha "vida estável", será publicada na segunda-feira (14). Ela conta detalhes de como se comportavam alguns clientes influentes ou sem influência alguma, como um vendedor de verduras.
Veja um trecho da entrevista:
- A infância foi difícil, mas nunca passei fome. Meu pai é arquiteto, ganhava muito dinheiro, mas sempre gostou muito de cheirar cocaína e jogar baralho. Com isso, começou a acabar o que tínhamos. Minha mãe fez concurso, se tornou professora e começou a se reerguer de novo. Ela conseguiu fazer duas lojas e meu pai, aos trancos e barrancos, conseguiu se tornar fazendeiro. Hoje ele vive super bem também. Eu tinha de tudo: carro, faculdade paga, as melhores roupas, frequentava as melhores boates até os 18 ou 19 anos. Eu tinha vida de princesa mesmo. Briguei com meu pai por causa da separação dele de minha mãe. Ele a prejudicou muito. Ela era dona de duas lojas no Acre. Meu pai começou a namorar com a gerente de uma das lojas e conseguiu a falência do estabelecimento. Gastava, curtia, se drogava. Grávida, minha mãe entrou em depressão profunda. Fiquei muito chateada, discutíamos muito, e chegou ao ponto em que ele veio me bater e eu bati nele. Ele parou de me dar dinheiro para pagar a faculdade. Conhecia muitas amigas que faziam programas e uma delas me apresentou ao Ney, um cafetão que foi preso durante a operação Delivery.
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2 comentários:
Prostituição penso ser tão antiga quanto a humanidade, até em primatas já foi observado esse tipo de comportamento, o que precisa ser feito é um debate para garantir a segurança e a não exploração de cafetões para com essas mulheres.
Neste jogo de valores humanos, acredito que não existam culpados ou inocentes.
Em verdade lhes digo que todos são, em tese, culpados.
A dignidade humana deve prevalecer em todos os seus movimentos.
As prostitutas pagam aos cafetões, para que prestem a elas (prostitutas), os serviços por elas solicitados para a localização de clientes que possam pagar mais.
Posto isto, quem deve estar errado: As prostitutas que pagam aos cafetões pela divulgação, fornecimento de nomes de prováveis clientes mais afortunados ou não?
Ou os cafetões que gerenciam e viabilizam que as prostitutas possam, por livre e expontânea vontade, vender seus corpos, recebendo em troca valores pecuniários para o favoreciento da lascívia de seus "clientes"?
Complicado a humanidade.
Se é antigo este comportamento, já não merecia uma atualização, digo, um upgrade nesta "cultura milenar".
Acho mais provável vivermos na seara da hipocrisia.
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