POR JOÃO MAURÍCIO ROSA
O paulista Joaquim Medeiros, de Presidente Prudente, liderou uma espécie de liquidação de terras no Acre a partir de campanha publicitária encenada pelo cantor e ator Sergio Reis, em meados da década de 1980.
O fato contribuiu para que o gentílico "paulista" se tornasse ainda mais, para os acreanos, sinônimo de incendiário, predador de florestas e de culturas. Não importa de onde venha, é paulista. E, se é paulista, é fazendeiro.
Em 2006, o paulistano Binho Marques, que saiu do Acre no ventre da mãe apenas para nascer em uma maternidade do Butantã, acabou sendo eleito governador do Acre - o primeiro "de fora" a conquistar o cargo desde a criação do Estado, em 1962. Mas, para isso, destacava que apenas nasceu em Sampa e que torcia para o Fluminense.
Agora, o paranaense Tião Bocalom, um "paulista" do Paraná, trazido pelo Incra e não pelo Medeiros, disputa a prefeitura de Rio Branco com o paulista Marcus Alexandre, engenheiro formado pela Unesp em Ilha Solteira, trazido para compor o elenco de técnicos do ex-governador Jorge Viana (PT).
No caldeirão deste segundo turno, o jornalista e blogueiro Altino Machado vem atiçando o fogo com a ideia de que o Acre está se tornando a casa da mãe joana, onde os paulistas deitam e rolam.
Machado aproveitou para colocar uma frase minha na fogueira [Eu amo o Acre porque adoro putaria], dando a entender que os paulistas pensam que o Acre é como Putaya, uma cidade na fronteira, no Vale do Juruá, onde uma guarnição do Exército peruano acabou atraindo uma leva de meretrizes e dando origem à honrada comunidade.
Eu amo o Acre porque é quente, tem fuso horário, um drinque chamado jucá, posso ir a pé para onde quero, a qualquer hora, sem jamais levar uma geral da polícia.
João Maurício Rosa é paulista, jornalista, há 22 anos no Acre
13 comentários:
Putaya, perto da Foz do Breu, teria sido a fonte inpiradora de "Pantaleão e as visitadoras" do escritor Vargas Llosa?
Adorei a réplica.
Ex combatente da Papuda (o bar).
Nao esqueça: o nome é flexibilização.
Altemar, vc já foi para a reserva?
É isso ai, chega de homofobia!!!
Tantos acrianos vivendo em outros estados do pais conquistando seus objetivos e méritos e aqui meis dúzia de babacas incentivando a homofobia, bairrismo preconceituoso... coisa de quem tem mente pequena!
Somos todos brasileiros!
Vilmar, você estaria no Acre, ocupando o cargo que você ocupa, se não fosse cunhado do eterno secretário Carlos Edegard de Deus?
O sr. deveria acompanhar melhor diário oficial antes de falar asneiras!
1º - sou concursado!;
2º - se fosse ter favorecimento estaria muito bem melhor empregado;
3º - tenho orgulho de receber salário trabalhando!
4º - não sou mercenário, como muitos por aqui!
Você não conhece a minha história, portanto, não acuse e não cometa injustiça, mais do que já anda cometendo!
Quando o conheci você era diretor financeiro na Secretaria de Floresta. Parabéns por ter passado em concurso público, mas a indagação que fiz permanece sem resposta. Não precisa responder mais. Quem se julgar injustiçado que busque reparação judicial. É melhor do que julgar os outros. Quanto aos mercenários... Deixa pra lá.
Ótimo e informativo Blog, apenas uma resalva: a fonte não é boa. (Ei, não confundam fonte jornalística com fonte "letra", pois é a esaa a q me refiro).
Conforme solicitado!
Resposta:
Estou no Acre porque fui convidado por minha irmã, botei minha muchila nas costas e 'lá vim eu'!
Cheguei aqui, fiquei procurando emprego por 3 meses até que encontrasse algo na área que eu queria. Foi numa empresa privada (transportadora) onde fiquei num período de experiência. Apenas depois um bom tempo aqui fui trabalhar no serviço público, num local onde eu havia deixado curriculo haviam 3 meses, onde havia uma vaga e se eu me utilizasse de serviços de influência ñ teria penado tanto... quando abriu concurso, fiz, passei e estou em minha função, inclusive sem cec e sem fc.
Grato pela oportunidade de defesa!
Gosto e tenho respeito por você, Vilmar. Você é um dos melhores comentaristas desta bagaça. Instigá-lo é sempre bom. Abraço
Grato, espero que possamos conviver em paz e com respeito, mesmo tendo opinião divergente sobre diversos assuntos...
Abraço!
Respeitosamente,
Vilmar Boufleuer
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