POR EVANDRO FERREIRA
O resultado da eleição para prefeito de Rio Branco fez disparar sinais de alarme e luzes vermelhas de alerta para os dirigentes da Frente Popular. As perspectivas da coligação para as próximas eleições majoritárias são absolutamente incertas. Ter nas mãos a máquina estatal e a administração da maior cidade - e colégio eleitoral - do estado não é garantia de nada.
Mais frustrante para quem coordenou a campanha deve ter sido ver que o grande esforço e investimento financeiro que foi feito para colocar, no dia da eleição, milhares de militantes e veículos para conseguir uma vitória folgada foi em vão. Fazia muito tempo que não se via a Frente Popular se esforçar tanto para vencer uma eleição e a diferença ter sido tão pequena.
A pesquisa de intenção de votos da Contilnet/Delta publicadas na véspera do pleito mostrou corretamente que os eleitores estavam divididos e que a eleição seria decidida por um ou outro detalhe. Isso foi confirmado com a diferença de apenas 2,7 mil votos em favor do candidato vencedor. Uma diferença mínima se considerarmos que 182.982 eleitores compareceram para votar. E o detalhe que decidiu essa eleição parece ter sido os votos dos cerca de 5 mil ocupantes de cargos de confiança instalados na administração municipal e estadual que atuam em Rio Branco.
Esses votos eram a 'reserva estratégica' da Frente Popular e contados como absolutamente certos pela cúpula da Frente. Mas mesmo assim, considerando o resultado final da eleição, apenas cerca de metade deles parece ter votado no candidato vencedor. A outra metade não compareceu, votou em branco ou no candidato da oposição. Se este último caso aconteceu, o índice de traição foi extremamente elevado.
O balanço final das eleições majoritárias de 2012 mostra que os candidatos da oposição tiveram cerca de 8 mil votos a mais que os da situação. Em 2010 o atual Governador, Tião Viana-PT, venceu o pleito com uma diferença de cerca de 4,5 mil votos. Em 2012 a oposição tirou essa diferença e colocou uma vantagem de 8 mil votos, indicando que a vantagem em favor da oposição é hoje de pelo menos 12 mil votos.
Para quem tem nas mãos a administração da maquina estatal e da maior cidade do Estado, a vitória de Marcos Alexandre, amplamente ilustrada em sites noticiosos e jornais locais com fotos de militantes e dirigentes da Frente Popular com largos sorrisos, soa, na verdade, como uma falsa alegria. O caminho para uma possível vitória em 2014 se mostra mais difícil do que nunca.
A eleição em Rio Branco mostrou que mais uma vez a população deu um claro recado à Frente Popular, dando mais uma chance para que ela possa se reinventar e voltar a atuar em harmonia com os anseios das massas.
11 comentários:
chora!
Derrotado...
mazela...
chora a derrota...
chora a corja...
chora Altino...
ex-tudo.....
Se você olhar os resultados obtidos em Rio Branco nas duas eleições do Angelim para prefeito, nas eleições presidenciais e na eleição do Governador Tião Viana, verá que este comentário não está fundamentado em números.
Todas estas eleições citadas foram ganhas com pequenas diferenças de votos.
Historicamente, Rio Branco está dividida.
É muito difícil acreditar em pessoas com cargos em um Governo votando na oposição, pelo simples fato de que, caso aquele Governo não se mantenha, a ordem natural das coisas indica que eles também não se manterão.
Esse ai que chama o prof Evandro de derrotado e mazela, deve ser algum doutor de Havard ou Oxford, ou alguém que precisa expiar seus pecados balançando a bandeirinha da indignidade, nas esquinas da vida. Viva os vitoriosos, os mortos de fome com seus carguinhos, que precisam se humilhar nas ruas de Rio Branco. A oposição é claramente desqualificada, incompetente, e sem projeto, mas é composta por gente que tem muito dinheiro também, por isso tanto faz perder ou ganhar. Assim como a cúpula da situação e seus amigos, que estão cada vez mais endinheirados. Quem realmente venceu a eleição? os coitadinhos se humilhando nas rotatórias, antes e depois do expediente, ou os que irão participar das licitações, das obras, das camaradagens do poder? Os vencedores sempre são os mesmo, e nunca perdem. Quantas obras o Orleir deixou de pegar depois que deixou o governo? E o Narciso, não é do PT agora? E o Elson Santiago, não chora pelo governo? e aquele deputado que vai para o inferno pelo Tião? Certamente pensar, criticar, analisar e questionar são mazelas terríveis, bom mesmo e a paz do conformismo e a cegueira da ignorância. Recomendo aos "vitoriosos" o Livro de George Orwell, A Revolução dos Bichos. É fininho, e qualquer um capaz de segurar uma bandeirinha, consegue ler em poucas horas.
Esse cidadão Kleison Albuquerque é simplesmente do CACETE. Meus parabéns.
Concordo plenamente que a eleição foi desgastante e o resultado não foi o esperado para a Frente Popular. Como tenho mencionado em outros comentários, falta humanização por parte de alguns estrelinhas do PT e outros partidos coligados, onde assumem cargos que na maioria das vezes, tem ligação direta com o funcionalismo. Esses chefinhos não tratam bem os funcionários.Os setores do Governo do Estado responsáveis em acompanhar essas gestões, têm que conversar com os funcionários e não os tais chefes, onde obviamente negarão tudo e, a partir da pesquisa, oferecer cursos de relações humanas para os chefes estrelas, sejam de Secretarias ou Escolas....,E olha que nosso governador tem como prioridade HUMANIZAR!!!!
O que o governador Bastião Viana, tem que fazer é uma limpa no seu secretariado. Pois se for para levar as palavras ao pé da letra poucos tem simpátia do eleitor e do povo, mais quem tem que enchergar que seu governo é composto por estrelas decadentes é o próprio governador Bastião Viana.
O panorama politico é assim, Wagner Sales é o próximo Governador.
O próximo Gov. do Acre ´Wagner sales.
Infelizmente ainda não foi desta vez que o poder econômico e as falcatruas eleitoreiras perderam a eleição. Contudo, como o PT tem crescido nas eleições municipais, inclusive conquistando o maior estado do Brasil - economicamente falando, os caciques daqui deveriam se perguntar porque estão na contra-mão? Dependendo cada vez mais de seus escravos comissionados para ganhar por diferenças mínimas, aterrorizando os mais pobres dizendo que benefícios seriam cortados e etc... O que é certo é que a reeileção do Sebastião não esta garantida, se a oposição se organizar, realmente se unir, o Acre vai se libertar. Tenho pena dos milhares de empregos comissionados que serão perdidos, mas tem gente demais e incompetente demais para o povo ficar sustentando por muito mais tempo. Usem esse dois anos que faltam para estudarem, se prepararem porque daqui a pouco estarão denovo disputando com os demais, seres humanos não apadrinhados, seu lugar no mundo.
Os que olham apenas para o resultado da eleição e esquecem a frieza dos números são incapazes de ver que se o argumento da infidelidade dos cargos comissionados na eleição desse ano não se aplica - pois eles não seriam loucos de votar contra o emprego deles - tem que fazer uma nova conta: admitir que os comissionados foram 100% leais à FPA. Dessa forma, ao excluir esses votos de cabresto, Marcos Alexandre perdeu a eleição entre a população que não tem cargo comissionado com uma diferença de mais de 2 mil votos. Existe outra explicação?
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