quinta-feira, 12 de abril de 2012

ORLEIR CAMELI CONTESTA ALFREDO NASCIMENTO

O ex-governador do Acre e empreiteiro Orleir Cameli, dono da construtora Colorado, enviou nesta quinta-feira (12) um pedido de resposta ao blog sobre as supostas irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) nas obras de pavimentação da BR-317, que interliga o município de Boca do Acre (AM) a Rio Branco (AC).

Cameli afirma que as supostas irregularidades foram exploradas de forma "injusta e leviana" pelo senador Alfredo Nascimento (PR-AM) na tribuna do Senado na quarta-feira (11). Segundo o ex-governador, haverá um desfecho judicial do caso, pois as acusações são graves e o prejuízo acarretado por sua empresa se aproxima de R$ 18 milhões.

O empreiteiro acusa o ex-ministro de mentir publicamente,  pois sua empresa jamais teria se negado a concluir as obras de pavimentação.  Segundo Cameli, a paralisação dos serviços deve-se à burocracia e às ações do Ministério Público Federal (MPF) e Fundação Nacional do Índio (Funai) contra o Governo do Amazonas, além das exigências de revisão do convênio junto ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Trânsito (Dnit).

De acordo com Cameli, a obra nasceu polêmica pelo fato de ser questionada pelo TCU antes mesmo de iniciar sua execução através de uma ordem de serviço datada de 16 de março de 2009. O contrato, licitado em dezembro de 2008, por R$ 72 milhões, cobrava à época, R$ 720 mil no quilômetro de asfalto. Após ser aditivado, o valor do contrato subiu para R$ 76 milhões, equivalendo a R$ 760 mil o quilômetro.

- Depois de acatar todas as determinações do Tribunal de Contas, juntamente com a Secretaria de Estado de Infraestrutura do Estado do Amazonas (Seinf), o preço do quilômetro do asfalto caiu para R$ 650 mil, sendo que todas as alterações contratuais foram de conhecimento e total anuência do então ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento - afirma.

Cameli lembra que no Acre já foram construídos centenas de quilômetros de asfalto por mais de R$ 1 milhão cada quilômetro e que ele mesmo chegou a pagar R$ 350 mil no quilômetro de asfalto quando foi governador.

Cameli refuta as acusações de desvios de R$ 25 milhões envolvendo sua empresa, os questionamentos sobre obra inacabada, má-fé, má qualidade do asfalto, falta de licenciamento ambiental, superfaturamento. Segundo ele, vários acórdãos foram assinados pelo ministro-relator André Luís de Carvalho, aprovados por unanimidade pelos ministros do TCU, atestando que as irregularidades levantadas foram sanadas e não comprometem a execução da obra.

De acordo com o empreiteiro, assim que foi licitada, a obra na BR-317 passou por uma auditoria do TCU, que argumentava superfaturamento nas planilhas de produtos e preços.

- Apresentamos defesa e foi provado que nossos valores tinham como referência o próprio Dnit, através de uma comparação com a Sistema de Custo Rodoviário. Naquele primeiro momento, foi sugerido que a Colorado reduzisse o valor do seu contrato em R$ 15 milhões. Para não paralisar a obra, acatamos as exigências do TCU e já contabilizamos um prejuízo de R$ 8 milhões - acrescenta Cameli.

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