terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

ESTARRECEDOR

Revolta no velório de Zé Melo, em Brasília


O senador Sérgio Petecão (PSD-AC) usou o Facebook para anunciar a revolta de parentes e amigos do ex-deputado José Melo, irmão do deputado federal Flaviano Melo (PMDB-AC), vítima de ataque cardíaco em Brasília.

Petecão disse ter ficado "estarrecido" com a coluna Poronga, do Página 20.

- Um jornalista covarde assaca comentários maldosos e mentirosos à família, ao falecido e ao deputado Flaviano Melo. Fica aqui o meu repúdio e a minha indignação contra esse jornalista puxa-saco, que não respeita o momento de dor da família Melo.

Eis a nota da coluna intitulada "Decepção":

- Os antigos amigos de Zé Melo e os expertos em política acreana debitam a saída de Zé Melo da política pela “decepção” que teria tido com a gestão do irmão no governo do Acre, que foi marcada por escândalos policiais.

Meu comentário

Zé Melo era advogado, intelectual brilhante. Foi eleito deputado constituinte mais votado pelo Acre, sendo um dos mais jovens parlamentares do país à época.

Honrou dois mandatos, mas na verdade decidiu se afastar da vida pública após diagnóstico de esquizofrenia.

Ele mesmo percebeu quando começou a perder o controle do que era real ou não em sua mente.

Levou anos praticamente recluso sob tratamento e intenso cuidado de seus familiares, em Brasília.

Diferente de alguns vivaldinos em atividade, que se julgam sãos ou santos, Zé Melo foi honesto ao decidir não afetar o povo a partir de sua doença.

Que Deus lhe reserve um bom lugar para descansar bem longe da maldade que tem imperado no Acre.

Atualização - Na próxima segunda-feira (13), às 19 horas, missa para Zé Melo na catedral Nossa Senhora de Nazaré, em Rio Branco.

16 comentários:

Valterlucio disse...

Altino
Conheci o Zé Melo em 1983 quando cheguei ao Acre e ele havia sido eleito Deputado Federal. Enquanto pôde foi um homem atuante, íntegro, capaz e inteligente. Era um ser humano afável e gentil. O Acre perdeu cedo para a doença que o acometeu um filho honrado e decente. Teria sido um grande líder. À sua família e ao Acre meus votos de pesar.

Brenda disse...

Zé Melo, além de inteligente era íntegro. Além de bom amigo era generoso. Tinha uma alegria quase infantil ao falar da vida e dos amigos. Tive a oportunidade de trabalhar com ele, (onde tratava todos com respeito) e a felicidade de ser sua amiga.
No seu primeiro mandato, foi um dos Deputados Federais mais jovens do país.
Saiu da vida política e pessoal, sem inimigos, com dignidade.
Ao contrário de muitos que andam por aí...

Roberto Feres disse...

Mesmo quando falsificam a história para enaltecer o rei, ela continua implacável com os vassalos...

Silvana disse...

Altino, nasci, cresci, vizinhos da família Melo na Av. Brasil. José foi o primeiro menino bonito que eu tenho lembrança, era muito inteligente, sempre prezervou amizade com meus irmãos e Otília foi uma das melhores amigas de minha irmã Maria do Carmo. Essa família faz parte da minha infância e guardo com carinho essas lembranças.Minhas condolências à Família. Que José repouse em paz. Um abraço, Silvana

Fátima Almeida disse...

Da ultima vez em que estive com ele e isso já faz tempo, ele me perguntou pelas "Gal". Ora, nem eu me lembrava mais das duas irmãs que usavam cabelos ao modo da cantora baiana e nós as apelidamos de as Gal. Lembrei disso por causa do que a Brenda disse, "da alegria quase infantil com que ele falava dos amigos". Por isso, acho duvidoso e suspeito que tal colunista tenha realmente contato, como diz, com "antigos amigos do Zé Melo".

Francisco Nazaré disse...

É um puxa saco dos mais baixos, um rato mesmo! falar que o Zé Melo deixou a politica por escãndalos envolvento seu irmão. Até porque o caso Flávio Nogueira é brincadeirinha de criança, comparado aos roubos que dominam todas as esferas do governo do PT: Municipal , Estadual e Federal.
Quem teve o privilégio de conhecer o Zé Melo, tanto como ser humano, como politico sabe! Ele Tinha Cárater, bondade, simplicidade, inteligência, e dignidade. Coisas que faltam a muita gente hoje!!!

ALTINO MACHADO disse...

Fatima, Silvana, leitores a parte mais torpe das notas foi em dizer que o Zé Melo fora vítima de "ataque cardíaco" e acrescentar em seguida que "ele contraíra doença". Insinuação levianíssima. Conversei ontem com um amigo do Zé Melo, que me contou o seguinte: "Depois doente, nos últimos anos, tive mais contato com ele, que me chamava de "primo querido", e, às vezes, ia com ele a uma padaria próxima ao apartamento. Eu tinha sempre que cuidar para que a conversa não descambasse para doenças ou gente que morreu. Zé Melo tinha fixação por esses assuntos. Tinha também uma memória fantástica para lembrar dos conhecidos daqui, sempre com muito carinho, e adorava cantar. Lembrava letras longas de músicas da década de 80, principalmente. Nas músicas ele era afinado e tinha ritmo, enquanto nos diálogos era repetitivo. Aprendi também a tê-lo como meu primo querido".

Jairon disse...

Os "mercernários da pena", digo, do teclado, quase sempre se esforçam para corresponder a verba paga pelo governante de plantão, nem que para isto tenham que cometer atrocidades como esta.

ALTINO MACHADO disse...

"Caro Altino,

Causou-me profunda indignação o comentário canalha (sob todos os aspectos) no jornal Página 20.

Já vi de tudo no Acre.

Uma nota como a que você comentou sobre o advogado e deputado José Melo, creio que na Alemanha nazista tenha sido publicada contra algum judeu.

Do mesmo modo, a ditadura brasileira não publicou nada parecido sobre o Herzog.

Independente da grande admiração que tinha pelo colega de profissão Zé Melo que aumentou, muito, conhecendo seu desempenho como Deputado Federal do Acre,

a democracia pela qual tanto lutamos, me parece, está em perigo se não abrirmos os olhos.

O final da sua “quadrilha” publicada ontem mostra bem quem no Acre, são a Mimi e o J. Pinto Fernandes.

João Tezza
OAB-AC 105"

Janu Schwab disse...

Capitalizar politicamente a dor alheia, fingindo ser o último bastião da ética e da moral é coisa de sacripantas. Esse colunista é mal um assessor de imprensa, que dirá jornalista. Ê, vergonha!

Antonia do Acre disse...

O que esperar de um CRÁPULA que é capaz de ''CORTAR O PROPRIO SACO" para fazer jus ao cargo que ocupa? Esse CRÁPULA passou dos limites.

eliomar m. disse...

Caros leitores,vocês sabem o porque acontece essas bizarrises na imprenssa do acre. É porque temos um governo que se chama de popular, e que adora essa idéia que à imprenssa faz muito bem de plantar a discórdia politica para o seu povo e eleitores. E isso é o maximo para os membros da frente popular, e os deixa fortalecidos em seus égos. Mais como diz o dito "popular". "Todo povo tém o governo que merece". Mais nós não merecemos esses governos populares, pois é composto de um bando canalhas em sua grande maioria.

ALTINO MACHADO disse...

Na próxima segunda-feita (13), às 19 horas, missa para o Zé Melo na catedral Nossa Senhora de Nazaré, em Rio Branco.

Silvana disse...

Altino, sinto tristeza. Na verdade tomei um susto quando lí a notícia que José havia falecido. Agora voltei ao seu blog e lí tudo o que escreveram. Mas bem, uma pessoa que se recolhe de qualquer posição pública, (no auge da fama e juventude) pode virar no "imaginário coletivo", um MITO. As pessoas gostam de alimentar idéias que fabricam sobre os outros; gostam de inventar, aumentar, isso não tem controle. No entanto alguém que se permite escrever na ocasião do desaparecimento da pessoa pública e afirma, de maneira solene fatos que não correspondem à realidade, sem pudor nenhum é inaceitável. É mesquinho e cruel. Interessante que não aparece o nome do autor, somente do Jornal, da coluna. Quem sabe esse "jornalista" tem um problema pessoal e se aproveitou dessa ocasião para "acertar contas"? Sinto muito. Se estivesse no Acre iria com certeza à Missa de Sétimo dia. Meu pensamento está com a Família de José. Abração, Silvana

xxx disse...

Antes de ética jornalística deveria se falar de ética HUMANA. Fui amiga de infância do Zé Melo (vizinhos na Av.Brasil). Estou fora do Acre há 45 anos (não participo portanto da vida política da cidade). Mas guardo grandes laços de afetos com a “terra” e com nossa gente. Fui dar meu abraço a Dona Laudi e familiares. Mulher sofrida pela dor da perda, e pela dor de “cuidadora” , há tanto tempo, do filho com distúrbios psíquicos crônicos (quem tem ou teve na família um caso desse, sabe do que falo... e falo do ponto de vista de uma profissional da área de saúde mental, e de uma pessoa que teve um irmão esquisofrênico... Portanto, sabe o que é uma psicose crônica. E principalmente, como é tratar desse problema na estrutura de saúde que temos...um caosss). Entendo que, ser um SER sensível, está cada dia mais difícil. Ter a sensibilidade e delicadeza de perceber a dor de uma mãe (irmãos e sobrinhos), a pratearem um ser amado na última despedida é pra poucos. Enterrar um ente querido é apenas uma vez... e dói na alma!!! Enquanto que se falar de divergências políticas e fazer acusações – todo tempo é tempo − Contanto que não se misturem com as lágrimas dos que sofrem.
OLIVIA MAIA

sergio souto disse...

Lamentável nos dias de hoje!!
Desejo a familia Melo muita luz, e que o nobre Zé Melo descanse em paz.