segunda-feira, 28 de novembro de 2011

"DILMA TEM RESPALDO PARA VETAR O CÓDIGO"

Ex-ministra Marina Silva considera "muito dolorido" o que fizeram com o senador Jorge Viana



A ex-ministra Marina Silva ainda não se considera contemplada nem derrotada em relação ao novo Código Florestal Brasileiro cujo relatório do senador Jorge Viana (PT-AC) foi aprovado na semana passada.

Em entrevista exclusiva ao Blog da Amazônia, em Rio Branco (AC), onde nasceu e passou o fim de semana, Marina sustenta que o relatório de Viana mantém anistia para desmatadores, reduz a proteção das áreas de preservação permanente e amplia o desmatamento no País.

Inês é morta?

- Não. Ainda teremos a discussão em plenário, no Senado, e depois vai pra Câmara, quando mais uma vez será feito o bom combate. E ainda resta o pedido de veto à presidente Dilma.

Marina lembra que Dilma Rousseff, no segundo turno da eleição presidencial, se comprometeu em vetar qualquer projeto que significasse aumento de desmatamento e anistia para desmatadores.

- A presidente Dilma respondeu de próprio punho que vetaria. Ela se comprometeu com os brasileiros e brasileiras e não apenas com os quase 20 milhões que votaram em mim. Na ocasião, falei que Dilma se comprometeu mais e Serra menos.

Antes da possibilidade de liderar campanha em defesa do veto, a ex-senadora torce para que a presidente receba o Comitê em Defesa da Floresta e do Desenvolvimento Sustentável, composto pela CNBB, OAB, ABI e o Movimento SOS Florestas, que congrega mais de 400 organizações. O comitê já pediu audiência com a presidente.

- Espero que possa ser recebido, talvez no dia 22 de dezembro, em homenagem à memória do Chico Mendes.

A disputa em torno do novo Código Florestal serviu para distanciar ainda mais Marina Silva e Jorge Viana, que começaram na política junto com o seringueiro Chico Mendes, e lideravam no Acre uma coligação partidária que já caminha para 16 anos de governos consecutivos do PT no Estado.

Em decorrência da cobrança de compromissos do passado, Viana declarou, após obter aprovação do relatório, que Marina é sua amiga e irmã, mas que a aprovação do Código Floresta é mais um passo para deixá-la sem discurso.

- Ora, se o problema fosse ter discurso, eu não precisava ter saído do PT nem do PV. Discurso é o que não falta aos partidos. Se perguntar ao PSDB, ao DEM, ao PMDB, se são a favor das florestas e do desenvolvimento sustentável, todos vão dizer que sim. Não estou preocupada em ter um discurso, muito menos em ser unanimidade, só não quero fantasiar a verdade. Não posso fingir que estou contente ao ver o Jorge recusar as nossas emendas e acolher a emenda do Luiz Henrique, que promove a anistia ao desmatamento.

Veja os melhores trechos da entrevista:

BLOG DA AMAZÔNIA - A jaguatirica Marina voltou ao Acre para lamber as feridas após a aprovação do relatório do Código Florestal?
MARINA SILVA -
A metáfora da jaguatirica talvez não se aplique agora. A minha vinda já estava marcada há muito tempo, pra visitar minhas irmãs e fazer o culto de ação de graças com meu pai. Mas a gente necessita desses momentos de recolhimento, pra se reconectar com as raízes, revisitar compromissos, rever a nossa história. É uma feliz coincidência estar no Acre no momento dessa derrota na questão do Código Florestal, derrota parcial, pois o jogo ainda não terminou.

Que história é essa que você tem falado de “nova política”? Como é que isso está chegando no Acre?
A política está em crise no mundo inteiro, no Acre também. Há um descolamento, de grande parte da sociedade, com relação ao núcleo que representa o status quo, o establischment, que já não corresponde às expectativas de mudança, principalmente da juventude. Nós vemos isso na primavera árabe, nas praças da Espanha, na luta pela educação no Chile e nos protestos contra corrupção no Brasil. Esses movimentos estão dizendo que existe outra agenda de prioridades, que não querem mais ser espectadores da política, mas protagonistas. Isso é o que eu chamo de democracia prospectiva. Antes, quem prospectava aplicativos para a democracia eram os partidos, os governos e as corporações, depois os acadêmicos, os sindicatos e as ONGs. Agora, com as redes sociais da internet, são bilhões de pessoas prospectando novos aplicativos para a democracia. Pode demorar 20 ou 30 anos, mas nós vamos ter uma nova qualidade para a política, seus processos e estruturas.

No Acre não é diferente. O que a gente precisa é se desindentificar dessa política estagnada. Quem está identificado com ela não tem a percepção de que ela envelheceu. O que caracteriza a política velha é quando você fica apenas administrando o sucesso, quando você não se arrisca mais a perder, quando não diz mais algo que não foi dito antes. Durante muito tempo a gente foi uma palavra nova no movimento de esquerda, mas agora tudo virou projeto de poder pelo poder.


É o que se chama de governabilidade?
Essa coisa de governabilidade, do jeito que está sendo feita, eu chamo de projeto de poder pelo poder. A governabilidade correta, no Brasil, seria juntar os melhores do PT, do PSDB, do PMDB, dos partidos de esquerda, e criar um compromisso com o país. O Fernando Henrique diz que a disputa entre PT e PSDB é para ver quem vai liderar o atraso. Tem gente que acha que não dá pra fazer política sem um discurso claro de oposição. Quem foi que disse que o Brasil necessita de discurso claro de oposição? O Brasil está precisando é que todos tenhamos posições claras. O discurso de oposição é a disputa rinhenta do poder. Não importa o que a Dilma faça, vai estar sempre errada, a oposição vai desconstruir para ganhar o poder. De outro lado, quem é governista, não importa o que Dilma faça, vai estar sempre certa. Quem é situação mostra sempre colorido o que está cinzento, para permanecer no poder. Ter posições claras significa reconhecer os avanços e corrigir as deficiências. Foi bom a presidente Dilma ter se afastado do Ahmadinejad, foi bom dizer que vai manter os compromissos na agenda social e chamar pessoas como Ricardo Paes de Barros para pensar políticas de terceira geração. É bom ela tentar atravessar a crise econômica sem perder os ganhos que o Brasil alcançou. Mas não pode ser apenas pelo viés do consumo, sem incluir, nos incentivos que está dando para salvar a economia, ganhos para a agenda do desenvolvimento sustentado. Defender isso é ter posição.

Você diz que vem ao Acre e se reconecta com o planeta, mas o que dizem é que você não tem bases no Acre e que até perdeu a eleição aqui. Cadê a sua base no Acre?
É engraçado que as pessoas jogam na minha cara que perdi as eleições no Acre. Mas eu sinto que ganhei. Fico imaginando toda a força política que se blocou em torno do Serra e da Dilma. Quem fazia a minha campanha? Minha votação foi muito próxima da presidente Dilma e em Rio Branco, maior colégio eleitoral do Acre, fiquei com 35% dos votos. Me sinto inteiramente vitoriosa. Que votou em mim, votou num projeto, não porque foi mandado ou porque obteria alguma vantagem.

Você tem novas bases no Acre?
Eu não gosto dessa coisa de ter bases. O eleitor é livre, não pode ser apropriado. Ninguém pode dizer que tem 40 ou 50 mil pessoas e que elas são a sua base. Esse é o discurso da velha política, do curral eleitoral. Eu me sinto parte de um processo político em que as pessoas livremente se identificam com aquilo que eu penso ou estou protaganizando. Com isso, a gente forma uma base de sustentação para uma visão de mundo e para um projeto político que nunca vai estar pronto e acabado.


Mas isso existe no Acre?
Eu diria que aqui já existe uma crítica ao conceito petrificado de base. Ainda que as pessoas não transformem essa crítica em palavras, em teoria, elas simplesmente se rebelam e dizem: "nós podemos votar contra vocês". Cada vez mais, no mundo inteiro, as pessoas estão saindo do papel de espectadores da política. Na eleição passada, diziam que ia ser um embate, Dilma e Serra, um plebiscito. No Acre se repetiu a mesma coisa: o azul contra o vermelho. Mas no Brasil teve segundo turno. E no Acre, o revés eleitoral da Frente Popular no Acre é algo para a gente aprender. Penso que agi corretamente ao apoiar a candidatura do governador Tião Viana e demais companheiros, mesmo não sendo apoiada por eles. Eu sabia que eles tinham seus compromissos, tinham mesmo que apoiar a candidata do seu partido. Mas nos foi dado um recado muito forte. O interessante nos recados que são dados pela sociedade é que primeiro vem na forma de um sussurro, que foi aquele desconforto das eleições passadas, quando a gente já não tinha aquela militância aguerrida. As pessoas portavam as bandeiras, mas parecia que tinham um certo fastio. Dessa vez, o recado veio como um grito, não mais um sussurro. Eu estava em São Paulo, comemorando aquilo que chamei de “perder ganhando”, quando um assessor se aproximou para avisar que eu estava com a cara muito sisuda. Mas é que o Fábio, meu marido, havia me avisado que a coisa estava feia no Acre, que a diferença estava muito pequena, e que a gente estava correndo o risco de perder a disputa pelo governo. Eu estava celebrando nossos 20 milhões de votos e ao mesmo tempo sofrendo com a possibilidade real da gente perder no Acre. Na eleição do ex-governador Binho Marques ouvimos o sussurro, na eleição passada ouvimos o grito. Na próxima a gente pode levar um empurrão, se a gente não aprender com o grito.

Está cada dia mais evidente a diferença de estilos políticos entre você e o senador Jorge Viana. O relatório do Código Florestal significa uma ruptura?
Ruptura é uma palavra muito forte. Há uma divergência explícita na questão do Código Florestal. Ele disse que é um amigo, um irmão. Obviamente, o que as pessoas têm que considerar é que os velhos amigos não são exclusivos. Sempre vão aparecer novos amigos. A diferença é que as novas amizades são leves, não tem o peso do compromisso que a convivência aporta para as relações. Os velhos amigos às vezes são incômodos, ficam sempre lembrando dos velhos compromissos. Mas tem uma coisa: os amigos formados sem o laço da convivência podem até ser mais leves, mas no futuro podem se revelar como amizades apenas de conveniência. É claro que os novos amigos iriam cair em cima de qualquer um que fosse o relator do Código Florestal. Esses estão se sentindo vitoriosos, pessoas como Mozarildo Cavalcante e Kátia Abreu. A velha amiga não, pois o relatório mantém anistia para desmatadores, aumenta o desmatamento e reduz a proteção das áreas de proteção permanente, ou seja, o movimento socioambientalista não está contemplado. Eu estou com o movimento socioambientalista,não posso fazer cara de contente e ficar sorrindo na foto junto com os vencedores.

Mas o movimento obteve conquistas também. Você não poderia ter participado desse momento considerado de consenso?
Houve uma melhoria em aspectos periféricos, mas a anistia para os desmatadores está mantida. E não é verdadeiro um consenso quando só há avanços para o agronegócio. Teria que ser um consenso com avanços para a proteção das florestas, para a biodiversidade, para as populações tradicionais, para o desenvolvimento sustentável e também para o agronegócio, é claro. Teria que ser um consenso que nos leve ao caminho de cima e não ao caminho de baixo. Por cima está o aumento da produção por ganho de produtividade, investir em tecnologia e em inovação, recuperar áreas degradadas. O caminho de baixo é retroceder na legislação ambiental, na legislação trabalhista, e ainda usar todos os mecanismos para dizer que esse retrocesso é um avanço. O Código Florestal está sendo transformado em um Código Agrário.

Como se chegou a esse resultado, no Congresso?
O governo e sua base repetiram no Senado o mesmo erro da Câmara. Ou a mesma estratégia, pode não ter sido erro. Na Câmara, concentrou poder em um único relator, o deputado Aldo Rebelo, que fez um péssimo texto dando todas as facilidades ao desmatamento. No Senado, concentrou superpoderes no senador Luiz Henrique. Ele era governador quando dezenas de vidas foram ceifadas pelas enchentes em Santa Catarina, logo em seguida propôs uma lei estadual para remover as poucas florestas que são o único anteparo para situações de catástrofes como aquela.

Você esperava que fosse diferente?
Eu imaginava que fosse haver ao menos uma desconcentração de poder, mas ele foi o relator em três comissões. Na Comissão de Ciência e Tecnologia eu achava que iria ser o senador Eduardo Braga. E, óbvio, na Comissão de Meio Ambiente, tínhamos o Jorge Viana. Assim estaríamos com algo mais equilibrado. Mas deram para o Luiz Henrique três comissões e uma blindagem maior do que haviam dado para o Aldo Rebelo. Não deixaram ninguém apresentar emendas nessas comissões, deixaram tudo para a de Meio Ambiente. Aí chegamos na votação do relatório do senador Jorge Viana em apenas dois dias. Foi apresentado na segunda-feira e votado na quarta-feira. O relatório que se dizia que era o grande consenso, recebeu 201 emendas, as que não foram permitidas nas comissões anteriores. Que consenso é esse bombardeado por 201 emendas?

E o que fez o senador Luiz Henrique?
Apressou o andamento do projeto, como queriam os ruralistas. E chegou ao ponto de não colocar a emenda da anistia aos desmatadores no seu próprio relatório, deixou para apresentar na comissão do Jorge Viana. Não teve nem a elegância de dizer: "Olha, isso aqui é algo que fere muito os princípios do Jorge, do movimento do qual ele faz parte, então vou botar no meu texto". Ele deixou para colocar como emenda no texto do colega. Para mim isso foi muito dolorido. Eu dizia para o movimento o tempo todo que não era uma boa estratégia deixar tudo em cima do Jorge Viana, que nós tínhamos que fazer o bom combate em cada uma das comissões.


O senador Jorge Viana diz que não tem anistia para desmatadores.
Mas tem anistia, estímulo a novos desmatamentos e redução da reserva legal. O Código antigo previa multa para quem desmatasse áreas de proteção, e obrigação de reflorestar com espécies nativas. O texto aprovado na Câmara promovia anistia total: quem desmatou, não precisava pagar multa nem reflorestar a área. O texto do Senado diz que tem que reflorestar só uma pequena parte, pode fazer isso plantando espécies exóticas de valor comercial e ainda vai receber financiamento do governo pra isso. É mais do que anistia, é um prêmio para quem cometeu crime contra o meio ambiente.

Vale o dito popular Inês é morta?
Não. Ainda teremos a discussão em plenário, no Senado, e depois vai pra Câmara, quando mais uma vez será feito o bom combate. E ainda resta o pedido de veto à presidente Dilma.

Você acredita mesmo nessa possibilidade?
No segundo turno das eleições, Dilma se comprometeu em vetar qualquer projeto que significasse aumento de desmatamento e anistia para desmatadores. Naquela ocasião, o governador Serra disse apenas que analisaria o assunto com carinho e atenção e respondeu através do presidente do PSDB, Sérgio Guerra. A presidente Dilma respondeu de próprio punho que vetaria. Ela se comprometeu com os brasileiros e brasileiros e não apenas com os quase 20 milhões que votaram em mim. Na ocasião, falei que Dilma se comprometeu mais e Serra menos. Tenho insistido nisso porque foi com isso que ela se comprometeu publicamente no segundo turno eleitoral. Se essas questões tivessem sido contempladas, obviamente a gente teria alcançado o consenso. Quando voltei a estar com ela, com o fórum de ex-ministros, expus essa questão. Dilma mais uma vez, e isso está nos jornais, disse que compromissos são para ser assumidos, avaliados, e, se corretos, mantidos. Disse que avaliava que o compromisso que havia assumido era correto. Para mim e os brasileiros, o compromisso dela está mantido. Junto com o movimento socioambientalista, fiz todos os esforços para resolvermos o problema no Congresso, para não criar uma situação em que ou ela se indispõe com o Congresso ou se indispõe com a sociedade. Estou com a consciência tranquila porque não fiz a política do quanto pior melhor.

Antes da campanha do veto você pretende dialogar diretamente com a presidente Dilma?
Não tem que ser uma coisa entre eu e a Dilma. Existe o Comitê em Defesa da Floresta e do Desenvolvimento Sustentável, composto pela CNBB, OAB, ABI e o Movimento SOS Florestas, que congrega mais de 400 organizações. Esse comitê já pediu há algum tempo uma audiência com a presidente Dilma, mas até agora não foi recebido. Espero que possa ser recebido, talvez no dia 22 de dezembro, em homenagem à memória do Chico Mendes.

Você falou tanto e o Jorge Viana disse que você perdeu o discurso. O que acha?
Ora, se o problema fosse ter discurso, eu não precisava ter saído do PT nem do PV. Discurso é o que não falta aos partidos. Se perguntar ao PSDB, ao DEM, ao PMDB, se são a favor das florestas e do desenvolvimento sustentável, todos vão dizer que sim. Todos eles são favoráveis, no discurso. O problema é traduzir isso na prática.

Eu aprendi com pessoas como Chico Mendes, Martin Luther King e Nelson Mandela, que existem homens e mulheres tão verdadeiramente comprometidos com as causas que são capazes de fazer coisas para as quais sequer tem palavras, quanto mais um discurso para exibir. Chico Mendes defendeu a floresta amazônica, enfrentou os desmatadores que estão aí pedindo permissividades legais para continuar desmatando. No começo, ele nem sabia que estava fazendo defesa da ecologia, do desenvolvimento sustentável ou do socioambientalismo. Não tinha palavras, não tinha um discurso, mas tinha uma práxis e um compromisso verdadeiro, a ponto de entregar sua própria vida.

Não estou preocupada em ter um discurso, muito menos em ser unanimidade, só não quero fantasiar a verdade. Não posso fingir que estou contente ao ver o Jorge recusar as nossas emendas e acolher a emenda do Luiz Henrique, que promove a anistia ao desmatamento. Como amiga e irmã, gostaria que ele estivesse com o movimento socioambioentalista, reconhecendo que fomos derrotados nessa etapa e se preparando para continuar a luta para alcançar um consenso verdadeiro, um entendimento não apenas entre facções mas um verdadeiro encontro do Brasil com sua Natureza e com seu futuro.


Fotos: Altino Machado/Terra Magazine

8 comentários:

Valterlucio disse...

Noto algo estranho sempre que as pessoas dizem que a população do Acre anda mandando recado a cada eleição. Marina diz que foi primeiro um sussurro, depois um grito. Afinal, que recado foi esse? O recado tem um texto, um sub-texto, uma mensagem... qual seria na interpretação da Marina?E, para ela própria, qual teria sido o recado?
Outra coisinha na entrevista da Marina. Quer dizer que a saída é pelo veto, ou seja, pela sobreposição dos interesses do governo aos dos partidos e parlamentares? Desconfio que neste caso, a não ser que a grana corra solta e descarada, os parlamentares derrubarão o veto. Quando leio a Marina tratando do Código Florestal fico pensando que democracia é como catinga - cada um tem a sua.

Gregório D. Mendes disse...

O recado é: O PT deve ser superado!

Beneditino disse...

A solução é o veto porque ela é uma ditadora. Quer que a presidente faça o que ela considera correto. A ex-senadora não aceita posições diferentes das suas. Nossos deputados e senadores estão aprovando uma lei que atende aos interesses ambientais e produtivos e ela quer que suas posições prevaleçam sobre os legisladores eleitos por todo povo brasileiro? A presidente não vetará a lei! Ela respeita a decisão soberana da maioria da população, através de seus representantes, e não aceitará atender a vontade de pequenos grupos.

Júnior Shin. disse...

E que se dane a Floresta, ou o pouco que estou dela... Afinal de contas, quem se importa?

Se a nossa presidente, que respeita a decisão de seus súditos e legisladores, não honrar com uma 'promessa' de campanha, ou seria mais coerente dizer 'palavra', quem vai honrar? Nós, eu, vocês?

E tem mais... Com floresta ou sem floresta, o Brasil deixou de ser colônia, mas ainda é anexo!

Beneditino disse...

Em tempo: onde se lê "uma ditadora", leia-se "autoritária". É mais apropriado.

alisson disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Fátima Almeida disse...

A Marina se refere ao governo da Frente Popular como "nós", ou seja, ela "se sente" como Governo do Acre. Vejam as frases: um assessor me avisou que eu estava muito sisuda..é que Fábio meu marido havia ligado para dizer que a gente estava perdendo no Acre, que a diferença estava pequena"..."eu estava comemorando meus vinte milhões de votos e ao mesmo tempo sofrendo com a possibilidade da gente perder no Acre". O marido da marido compõe o governo com um cargo especial e é quem distribui o dinheiro para as não governamentais, pessoa da confiança do Lula e do Jorge Vianna. Daí, não dá para entender que tipo de dissidência é essa da Marina Silva. Talvez nem ela entenda.

alisson disse...
Este comentário foi removido pelo autor.