sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

ACRE

Paulo Bentes

Um rio sinuoso e profundo
Uns ocasos de sangue,
Uma guerra para ser do Brasil
 

Milhões de heroísmos
desconhecidos
que a mata escondeu
de sofrimentos submersos
de agonias anônimas
sem participantes
no âmago das florestas
 

O Brasil mais Brasil que eu conheço
Lá ficou minha mocidade
É uma saudade…

Do livro "Louvor mais ou menos poético do Brasil, de Paulo de Menezes Bentes, que foi advogado, político, procurador no Território do Acre na década de 1930 e procurador regional eleitoral de 1936 a 1937. Paraense, mas acreano de coração, idealizou e fundou a Academia Acreana de Letras. Encontrei o poema na revista "As eleições nas terras de Galvez e Plácido de Castro", organizada pelo ex-presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Acre,
desembargador Arquilau de Castro Melo. Outra revista, "Democracia, Autonomia e Repressão", complementa resumo marcante da história da Justiça Eleitoral do Acre. 

4 comentários:

Fátima Almeida disse...

Muito boa essa iniciativa do Arquilau de Melo, desenvolver a cultura da memória na área jurídica. Seria ótimo se mesma coisa acontecesse no âmbito do Legislativo, um museu ou espaço da memória para que a sociedade pudesse observar, analisar e avaliar as diversas legislaturas, que custaram tantos recursos públicos destinados ás contas dos deputados, anos a fio, bem como á estrutura fisica e de pessoal da casa.

Matthew Meyer disse...

É o Filipinho!

Terra disse...

Em 1977 Paulo Bentes chegou ao Acre para comemorar os 40 anos da Academia Acreana de Letras. Para isso trouxe consigo, um busto em bronze do fundador da AAL (o próprio). O local escolhido, para instalação do busto, foi o jardim da UFAC na esquina da Getúlio Vargas com a Ceará, zelosamente cuidados pelo "Seu Cavalcante". Disso não concordou o Reitor Aulio Gelio. Dizem que Paulo Bentes, contrariado, teria jogado o busto nas águas do rio Acre e jamais voltado às essas terras. Será que o atual Presidente da AAL poderia confirmar essa história?

Clodomir Monteiro disse...

A história contada pelo Eduardo Araujo Carneiro está quase completa.Vivi e testemunhei este dia, e de fato foi em 1977.Por ocasião do Simposio de História do Acre na UFAC ,que comemorou o Centenário da Migração Nordestina.Há fotos sobre isto e eu falei sobre o caso no Contexto Cultural,coordenado por mim, editado pelo Jornal O Rio Branco.Naquela madrugada havia acabado de sair da redação com uns vinte exemplares para na segunda feira postar ,para várias partes do Brasil e do mundo. O Reitor estava em Brasilia e o Vice-Reitor José Fonseca no cargo.Consultado o Reitor, este pediu que o Vice em exercicio convocasse o Mourinha que, com os funcionários sob sua responsailidade, por volta de 1h30 da manhã, removeram o busto. Inicialmente ele ficou na residência de um dentista muito amigo do Paulo Bentes.O busto permanece guardado em casa de um dos membros da AAL.Um dia será colocado em praça publica. Estamos aguardando os procedimentos e custeios necessários. Tz em nossa sede própria ou alhures.Outro mito é o de que Paulo Bentes teria sido o fundador sozinho da AAL.Na verdade estavam em quetro ( direoria executiva). ele, o que foi procurado, Amanajós Araujo, mineiro que já era um dos fundadores da Academia Mineira de Letras.Os outros dois foram Felipe Meninéia Pereira e José Barreiros.
Quando , e se interessar, poderemos fotografar o busto e contar um pouco desta história.Clodomir Monteiro,AAL.