A emoção do poeta Thiago de Mello
O poeta Thiago de Mello, 83, se emocionou nesta sexta-feira, 11, em Porto Velho (RO), ao declamar “Os Estatutos do Homem”, poema que já foi traduzido para mais de 30 idiomas.
Natural de Barreirinhas (AM), Thiago de Mello aceitou, a meu pedido, declamar trechos do poema dele mais famoso.
No Teatro Banzeiros, diante de uma platéia de 200 estudantes do ensino médio que participavam de um dos eventos do Festcine Amazônia, o poeta explicou:
– Os Estatutos do Homem não me pertencem mais. Pertencem a tantas esperanças. Vou atender de maneira muito singular o pedido do Altino. Eu não gosto de dizer esse poema. Ele me comove. Não sei se terei mais dias para cumprir essa esperança de ser o homem que eu canto. Altino, eu espero, quando te façam um pedido com a naturalidade que tu fizestes, que tu atendas. Tá bem? Eu não direi todo o poema. Eu direi algumas estrofes.
Thiago de Mello e o professor José Ribamar Bessa Freire, que fugiram juntos do Brasil durante a ditadura militar e viveram, entre outros países, no Chile e Peru, participaram de um debate sobre “Solidariedade entre os povos da América”.
O poeta criticou o capitalismo como fonte de todos os danos socioambientais e citou como exemplo de falta de solidariedade quem não contribui para melhorar a vida na Amazônia.
Thiago de Mello apelou aos estudantes para que plantem árvores.
4 comentários:
Bom dia, Altino!
Aqui, no teu blog, fica decretado que O ESTATUTO DO HOMEM será o Ato Institucional Permanente de todas as Nações e que o Thiago de Melo será para sempre a Luz que Brilhará no Coração da Humanidade: porque quando “ O homem confiar no homem, como um menino confia em outro menino” a falta de solidariedade não mais existirá e o capitalismo se extinguirá da face do Planeta Terra. Assim, a partir de então:
“Fica decretado que agora vale a verdade.
agora vale a vida,
e de mãos dadas,
marcharemos todos pela vida verdadeira.
A partir deste instante,
haverá girassóis em todas as janelas,
e que as janelas devem permanecer, o dia inteiro,
abertas para o verde onde cresce a esperança.”
Fica decretado que os homens
estão livres do jugo da mentira.
Nunca mais será preciso usar
a couraça do silêncio
nem a armadura de palavras.
A partir deste instante
a liberdade será algo vivo e transparente
como um fogo ou um rio,
e a sua morada será sempre
o coração do homem.”
Sempre gostei deste poema (e quem não gosta?) Mas ouvi-lo na voz de Thiago de Mello foi o máximo. Que lindo Os Estatutos do Homem, que lindo é Thiago de Mello. Emocionante vê-lo neste vídeo.
Bom domingo Altino.
eu tava lá, foi arrebatador!
emocionante..lembrei de minha mãe, professora de história, que declamava o Estatuto na sala de aula, ouvi-lo declamado por Thiago foi ímpar. Valeu, Altino !
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