quinta-feira, 22 de outubro de 2009
O QUE DIFERE ACRE E RONDÔNIA
Quem vive em Porto Velho (RO) sempre encara Rio Branco (AC) com uma doce inveja, sobretudo agora, após a dinâmica econômica e social decorrente da construção das hidrelétricas no Rio Madeira.
Essa dinâmica tem agravado os problemas estruturais da cidade (saúde, educação, segurança, transporte, habitação) com a chegada de milhares de migrantes.
Desde abril, a repórter Eliane Brum, da revista Época, virou persona non grata em Porto Velho ao relatar essa realidade em "A cidade que não estava lá".
Houve grande euforia quando a construção das hidrelétricas foi anunciada como a redenção de Rondônia. Agora, porém, o momento é de preocupação.
Quem defendia com intransigência as hidrelétricas, começa a repensar porque já sofre com os problemas sociais que deverão permanecer em Porto Velho após a conclusão das usinas de Jirau e Santo Antônio.
O jornalista mineiro Frederico Perillo, que vive há oito anos em Rondônia e visita o Acre todo mês, não hesita numa breve comparação.
- Dispomos de economia mais forte, mas nosso maior problema é que não contamos com gestores públicos com a competência de um Jorge Viana ou mesmo de um Binho Marques. Essa diferença favorece o Acre, que se sustenta em sua marcante identidade cultural.
Junto com outro jornalista, Domingos Júnior, Perillo organiza o seminário Ineo, para o qual o estou me dirigindo agora. Vamos debater o impacto das novas tecnologias e das mídias sociais nas empresas, no universo acadêmico e na vida das pessoas.
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10 comentários:
Tenho a oportunidade de conviver - por força do trabalho - com pessoas que constantemente visitam nossa terra e outras que aqui vem pela primeira vez. Nesse inúmeros contatos, eu ouvi mais de uma vez que pela localização geogáfica, eles primeiro passam em Porto Velho para depois vir á Rio Branco, e ao chegar em Rondônia eles pensam: "Meu Deus, se aqui é assim imagina no Acre, que a gente não escuta nem falar". E quando aqui chegam deparam-se com uma cidade totalmente diferente, agradável, limpa, em desenvolvimento. É inegável os desmandos e a robalheira no nosso Estado, mas como você próprio já comentou, vou votar no Jorge, no Binho, no Tião e no PT do ACRE, para nunca mais cairmos nas mãos desgraçadas daqueles que só nos roubaram e nada fizeram pelo nosso Estado. Já o Brasil é outra coisa, o negócio é marinar! Um grande abraço Altino.
Se Rio Branco tivesse a estrutura física que PVH tem... talvez seríamos a capital mais bonita da região...
Agoira falar da política das duas capitais [e dos Estados]... aí é texto pra mais de 500km (distância entre as capitais citadas no texto).
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Concordando com tudo, quase, que acima está dito: incomparavelmente incomparável as duas cidades, eu também já tive o privilégio de ver e ouvir os comentários comparativos entre as duas cidades!... Ótimo enfoque da matéria e do trabalho de ELIANE BRUM aí se percebe a responsabilidade e o profissionalismo da repórter!... Acompanhei de perto alguns Movimentos contra as hidrelétricas e seus impactos drásticos!
Agora não concordo que devemos ao PT, as melhores condições de vida, beleza e crescimento de nossa cidade, pois fomos governados por uma Frente Popular...
Concordo plenamente que devemos muita gratidão ao ex-governador Jorge Viana: ele sim soube conduzir nosso estado de forma digna e transparente!
Também voto nele para qualquer cargo em qualquer Partido!
Hotel Porto Madeira.
"Bela vista"!
Amanhã espero lhe ver no iNeo em Rio Branco.
A solução é mandar o Jorge e o Binho para lá - de preferência só com a passagem de ida.
Se for comparar só as capitais concordo que nos último anos Rio Branco tem alcançado um melhor desensevolvimento urbanístico do que Porto Velho.
Porém,entretanto,contudo tem mais uma coisa que difere o Acre de Rodônia:
Um estado não se faz representar apenas por sua capital.Quando partimos para o interior dos dois estados aí a coisa muda.As cidades do interior de Rondônia recebem tratamento governamental igual ao da capital.Por isso cidades como Vilhena,Ariquemes e Ji-paraná,Rolim de Moura transpiram qualidade melhor do que PVH.No Acre o governo da floresta só investiu em Rio Branco ,os municipios, principalmente da região do Juruá, ficaram no esquecimento.Até cidades consideradas redutos petista como Feijó,não receberam melhorias,mesmo respeitando as proporcionalidades, como aconteceram em Rio Branco.Imaginem Cruzeiro do Sul onde o PT ou FPA ainda não conseguiu emplacar.Fico só imaginando :Se Rio Branco foi um seringal que se transformou em uma capital desordenada,está conseguindo enfim se tornar bela,como ficaria as cidades de Sena Madureira e Cruzeiro do Sul ,que foram projetadas para ser cidades grandes por seus fundadores ...O governo da floresta ,infelizmente, não dar o devido valor ao povo do interior.Talvez seja por isso que falte-lhe competência para concluir um estrada que liga todo o estado.Antes faltava verba.Agora falta vergonha e humanidade.E ainda tem a coragem de por a culpa em São Pedro.Tá legal.Já vão 11 anos só de intenso inverno....
Obrigado pela correção Rosângela, "PT" é o modo o qual nós costumamos nos referir a Frente Popular, já que ela é dominada pelos PT´s. Desculpa! Nossa cidade deve muito á Frente Popular. Valeu Rosângela !!!! E eu também continuo votando na "petezada" ou seria na "frentaiada" rsrsrsr. Um grande Abraço!
Não se pode atribuir a situação de Porto Velho ao PT, afinal, tem Rio Branco, que se tornou bonita à primeira vista - não sou qualificada para fazer uma análise mais aprofundada, só estive aí como turista.
Aqui em Porto Velho, o que se sabe é que dinheito tem (PAC e recursos de compensações), mas faltam projetos, faltam pessoas capacitadas para gerir. É triste ver Porto Velho deste jeito.
Gostei da tua fala no Ineo, pena que não deu tempo para aprofundar mais os assuntos.
Se em Porto Velho a falta de investimento em infra-estrutura faz as pessoas associarem a cidade rapidamente ao desleixo do poder público, em Rio Branco as inúmeras obras são tidas por muitos como "maquiagem" ou investimentos desnecessários. E o governo do Cassol induz a população, através da imprensa, a acreditar que RO não recebe dinheiro do governo federal e precisa "se virar" sozinha. O mesmo Cassol também vive provocando e criando atritos com o prefeito da capital, ao invés de procurar o entendimento e realizar parcerias. Aliás, surpreendentemente, o político tem um alto índice de aprovação no estado, mesmo com tudo isso e envolvido em escândalos dos mais diversos. A economia de RO é forte (bem maior que a do Acre) e o estado cresce vertiginosamente, mas pouco disso pode ser creditado ao poder público local, deve-se mais ao empreendedorismo da população. Os acreanos insatisfeitos com o governo da Frente Popular deveriam pesquisar melhor para ver como o Acre é privilegiado em relação ao estado vizinho quando o aspecto considerado é a situação política e a quantidade e qualidade dos investimentos.
Em um resumo inspirado pelo Mestre Marco Bonito:
Faltam cibernéticos em Porto Velho.
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