quinta-feira, 13 de agosto de 2009

VANTAGEM DE MARINA SOBRE DILMA

De Gabriel Manzano Filho, do Estadão:

O tamanho do estrago feito pela senadora Marina Silva (PT-AC) na candidatura da ministra Dilma Rousseff (PT) finalmente vem a público, em números precisos, em 4 das 81 páginas da pesquisa que o PV encomendou em julho e só nesta terça-feira, 11, foi entregue, inteiramente tabulada, pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe). No confronto direto entre Marina e Dilma, em quatro cenários, a senadora perde em um, empata em outro e ganha em dois.

A primeira dessas tabelas mostra José Serra (PSDB) com 28% das preferências e Ciro Gomes (PSB) com 16%, seguidos de Dilma (14%), Heloísa Helena (PSOL) com 13% e Marina em quinto, com 10%. Na segunda, sem Heloísa, Marina sobe e empata com Dilma em 14% (Serra lidera com 30% e Ciro fica com 22%). A virada da ex-ministra do Meio Ambiente aparece quando Ciro também é tirado da disputa. Nessa hipótese, Serra sobe para 37% e Marina vence Dilma por 24% a 16%. E na última hipótese, em que Aécio entra no lugar de Serra e Ciro continua de fora, Marina aparece em primeiro lugar com 27% das intenções de voto, contra 25% do governador mineiro e 19% de Dilma.

A pesquisa, coordenada por Antonio Lavareda, foi feita por telefone entre 22 e 23 de julho e ouviu 2 mil eleitores de todo o País. A "margem de erro máxima para os totais", como define o pesquisador, é de 2,2%. Ele recorre a essa expressão porque, segundo explicou, essa margem "pode ser maior em universos menores dentro da pesquisa".

O próprio Lavareda se diz surpreso com esses resultados. "Eu e a torcida do Flamengo", afirma. O fato de ser feita por telefone, garante, não torna a consulta inferior às realizadas por outros métodos. "Veja que, nas pesquisas em domicílios, muitos moradores de apartamento ficam de fora porque o zelador não deixa entrar".

Tanto Lavareda quanto o presidente do PV, José Luiz Penna, alertam para o significado desses números: a pesquisa foi montada, primordialmente, para balizar o partido com vistas à disputa eleitoral de 2010. Mostrou, a propósito, que ele é ainda desconhecido e as grandes questões nacionais continuam sendo saúde e educação. Em uma das tabelas, o PV tem a simpatia de 1% dos eleitores consultados, num contexto em que o PT lidera com 11%, o PMDB tem 6% e o PSDB 2%.

"Os cenários eleitorais são parte dessa tarefa e mostram que nossa causa é uma forte preocupação da sociedade", observa Penna. De qualquer modo, ele se diz "feliz com a densidade eleitoral" da senadora. E, embora nem pertença ainda ao PV, Penna entende que ela "já sinalizou para o País quais são as suas esperanças".

5 comentários:

Anônimo disse...

ALTINO,

É SÓ O COMEÇO. MARINA PRESIDENTE.

Acreucho disse...

Altino a pesquisa não me surpreendeu em nada, tenho acompanhado e publicado no blog a do Blog do Noblat e é a mesma coisa. Pelo número de "anônimos" que opinam no teu blog, dá pra ver o tamanho do descontentamento "dentro da Frente Popular".

Anônimo disse...

É ISSO AÍ MARINA, SIGA SEU DESTINO! SÓ VOCÊ PODERÁ MUDAR OS RUMOS DESSE PAÍS, E AINDA CONTRIBUIR PARA MUDAR A FORMA QUE O HOMEM ESTÁ SE COMPORTANDO COM O MEIO AMBIENTE.AJUDE A SALVAR NOSSO LINDO PLANETA!!!EU E MILHÕES DE BRASILEIROS CONSCIENTES ESTAMOS COM VOCÊ!

luis augusto simon disse...

Altino,
em caso de Marina ser candidata a Presidente, como ficaria a eleição no Acre?
1) Ela apoiaria alguém que não fosse da Frente Popular para governador?
2) Essa possibilidade só existiria se Binho Marques, pelo PV, fosse esse alguém?
3) Quem faria a campanha de Marina no Acre? Além do povo, é lógico?
4) A Frente Popular, para isolá-la daria seu lugar como candidata ao senado a alguém da oposição?]
Qual é a sua análise?

gabriel c. barbosa disse...

É isso aí. A Marina entra no páreo e toma alguns votos da Dilma. Nenhuma delas se elege e o Serra leva a eleição com toda a patota do DEM-PSDB.
No final, quem sabe, o Serra não arruma um ministério ou outro cargo para ela e o Penna.
O PV é uma legenda de fachada do PSDB. É só ver o que estão fazendo aqui em São Paulo.

Abrs