quinta-feira, 27 de agosto de 2009

A UTOPIA SOCIALISTA VERDE

Moisés Diniz

Um mundo socialmente justo e economicamente sustentável é apenas uma utopia ou ele já se manifesta no horizonte estreito do capitalismo? O que é esse novo mundo e de quais partituras nasce a sua irreverente sinfonia? A história o alimenta, o contradiz ou é a sua grande parteira?


Nesse novo mundo haverá harmonia entre o homem, a terra com os seus bens naturais e as forças produtivas da civilização. É possível, no século vinte e um, a instauração de uma sociedade desse tipo ou isso não passa de um sonho romântico das primitivas sociedades tribais? É pretensão romântica querer realizar neste tempo de lobos, de forma superior, o modo de vida que desfrutava o homo sapiens arcaico?

Como dialogar, na Amazônia, sobre a utopia socialista e sustentável? Qual o papel dos comunistas na luta pela preservação do planeta, nas condições do capitalismo? É possível unificar o discurso sustentável ao socialista?

Eles não são fraternos

Nunca na história da humanidade, um modo de produção e de apropriação dos recursos naturais foi tão excludente e tão poluidor. O mundo atual é uma fábrica gigantesca e incontrolável de exclusão social e de degradação ambiental. O novo mundo, sustentável e socialista, terá que se confrontar com o mundo capitalista, sua brutal exclusão econômica e sua irreparável destruição do planeta, como fonte de vida para todas as espécies.

Alguns dados, aqui relatados a várias mãos, sobre a destruição das condições de vida do planeta Terra nos alertam para uma catástrofe de proporções inimagináveis.

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Moisés Diniz é deputado estadual pelo PCdoB e líder do governo na Assembléia Legislativa do Acre. Enviou a seguinte observação: "Altino, quando uma mulher do povo, filha do anominato que dominava os seringais acreanos e suas filhas proscritas, ameaça o jogo das velhas elites, então, eu tenho o dever, como acreano, de olhar com rigor a utopia que a Marina levanta. Veja se é possível publicar este ensaio, uma tentativa de unir verdes e vermelhos no Brasil. Um abraço"

15 comentários:

Anônimo disse...

Muitas são as discursões sobre o tema utopia e socialismo. Pegaremos Proudhon muito criticado pelo próprio Marx como utópico, a ponto de o apelidar de pequeno burguês, tudo porque Proudhon foi o primeiro a experimentar idéias na tentativa de se chegar a uma eficaz contra o Liberalismo. Então ele foi considerado socialista utópico porque não criou um sistema político e econômico tal qual Marx. Se utilizarmos essa premissa sobram poucos políticos que não são utópicos. Mas se exergarmos os chamados "ideais" de Marina perceberemos que há mais realidade do que idealismo e utopia; o que acontece são distorções na interpretação do discurso da Marina, ela é coerente e pode mudar. A luta dela não seria pegar em armas literalmente, mas fazer valer e cumprir leis e regulamentos que possam inibir a destruição da natureza que é a nossa maior economia. Seria então uma economia sustentável que todos sabem que só não daria certo se fugirmos com medo dos lobos. Fazer valer a lei seria a melhor ação, mais do que matar burgueses. Se ela não fez no Ministério, foi porque ela lidava principalmente com o dono dos lobos.

Luiz Carlos Assis disse...

Deputado Moisés, essa de unir ver-des e vermelho não cola. A Marina,
foi vermelha e não teve vez e nem
voz mesmo sendo respeitada dentro
do pt. Agora o verde e o vermelho,
são pontos extremos, com políticas
e visão economica bem diferentes.
Trate de aperfeiçoar sua literatura
pois lhe será útil em futuro próxi-
mo.

Anônimo disse...

É... as vezes nos surpreendemos com o discurso político tão bonito
e uma prática quilométrica e diametralmente OPOSTA, rsrsrs.

Anônimo disse...

É... as vezes nos surpreendemos com o discurso político tão bonito
e uma prática quilométrica e diametralmente OPOSTA, rsrsrs.

Acreucho disse...

Moisés, li atentamente seu ensaio e vejo com dificuldade uma ínfima luz no fim do túnel. O capitalismo, por si só se destrói, mas, como diz o artigo, "os ricos acharão alguma forma de se safar", os pobres, todavia sofrerão as consequências de algo que outros fizeram em nome de um "desenvolvimento" que lhes encheu os bolsos de dinheiro, com o ônus de ter destruído o planeta em que "precisamos viver".
Há uma coisa que necessitamos, todos nós, ter para que algo possa ser feito pela sobrevivência da humanidade; "precisamos dar o start em nossas consciências", sem consciência ninguém pode ser ecologista, nem ao menos um "cuidador do meio ambiente". Consciência e responsabilidade eis a chave para um mundo melhor.

Anônimo disse...

Esse Moisés é o típico político demagogo, um exemplo classico de charlatanisse. digno de ser estudado. Uma hora se abraça com o latifundiário e corrupto RAIMUNDO SALES em Sena Madureira, filia-o ao seu Partido, que a cada dia que passa, graças a sua ação, fica mais capitalista e menos comunista e noutra hora, escreve um texto em defesa do socialismo e da preservação ambiental, defendendo a ética da Marina e outra outras coisas infadônias. Ele subestima a capacidade de discernimento do povo do Acre. Na verdade ele quer é "se dar bem". Ná prática repete a velha forma de fazer política: "é dando que se recebe..." e no discurso faz demagogia.
Valeu Moisés, no próximo festival de Teatro da FETAC você será o homenageado!

Anônimo disse...

Quanto oportunismo. Tudo parece mudar, mas o PC do B permanece imovel sempre procurando uma arvore frondosa para lhe abrigar, esteve com o MDB - PMDB, depois com o PT e agora namora o PV. Pouco a pouco vem mostrado sua cara, seu fisiologismo e oportunismo. Fala em sustentabilidade no discurso e na prática só pensam em cargos: no congresso ajudaram a aumentar o tempo de contribuição e a idade para aposentadoria, no movimento social contribuiram para o processo de burocartização dos sindicatos e seu consequente peleguismo, no Acre se acovardaram diante de quem por ventura ousou fazer algum movimento. Na UFAC por exemplo negociaram cargos nas pró-reitorias e transforamaram Olinda Batista de reacionária a revolucinaria. Desta forma, como vislumbrar um ambiente puro com tanta fumaça?

Marcello Pedroso disse...

Oportuníssimo e bem elaborado texto. Parabéns Moisés, pela iniciativa e fineza, e grato Altino, pela semeadura de sinergia que promoves. Gostaria de contribuir com o debate recomendando este filme: Zeitgeist Addendum - http://dotsub.com/view/7281f5dc-d4b1-4315-abb7-143becd34f49. Nele o cineasta Peter Joseph se alia ao Projeto Vênus (http://www.thevenusproject.com/), idealizado pelo desenhista industrial e designer social Jacque Fresco. A produção deste filme e o resultado desta aliança redundaram no movimento Zeitgeist - http://www.thezeitgeistmovement.com/ - que se pretende um movimento massivo de rede a partir da união de todos os bons combatentes nessa etapa decisiva de nossa jornada. Esta geração, nós que estamos vivos nesse momento, temos grande responsabilidade na criação de um novo tempo. O que se sugere neste filme, que consiste o tempero que quero jogar na panela desta discussão, é: um possível caminho para juntar verdes e vermelhos, um possível objetivo comum e pragmático: recriar a economia e superar o sistema monetário ! Por uma ECONOMIA BASEADA EM RECURSOS !!!

Guido Cavalcante disse...

Utopia Socialista Verde??? Isso me dá arrepios. Qualquer coisa que junte essas três palavras, já nasce gasto, viciado, oportunista e primário. Essa conceituação tem que ser substituida definitivamente no Brasil por outra idéia, qual seja a de aprimorar tecnológica e científicamente a nossa população, para compreender que crescimento sustentável é científico e não retórico. Ponto final!

Anônimo disse...

O deputado Moisés é um parlamentar de mão cheia. Tem uma atuação firme e ética, escreve bons e sólidos ensaios (como esse) e ainda escreve livros.

Parabéns, deputado!

Anônimo disse...

Acho que devemos debater as idéias do deputado Moisés Diniz e não essa baixaria sobre o comportamento do PCdoB. Aliás, os comentários sobre isso são todos anticomunistas, cheios de ódio.

Anônimo disse...

O Altino não devia permitir que um puxa-saco do PT publicasse ensaios no seu blog. Aqui só devia escrever quem pensa igual a mim, que odeia o PT dos corruptos

Alexandre Porto disse...

Com Vittorio Medioli na presidência regional mineira? A quem vcs acham que enganam?

Leiam a matéria do UOL:

Raro na oposição, PV se alia até a "motosserra de ouro" para governar

Anônimo disse...

Socialismo e Verde? Basta dar uma olhada na situação ambiental das velhas ex repúblicas (sic) socialistas soviéticas para entender o que o comunismo tem a ver com meio ambiente e a defesa do verde: NADA.
Na ex URSS militares sem soldo vendem mísseis e outras armas ultra letais em praça pública e o solo, as águas e o ar está, em muitas regiões, poluído , contaminado, envenenado. E esta a proposta do deputado?

Marcello Pedroso disse...

Pois é, é claro que o vermelho e o verde não se confundem !!! É claro que os comunistas também são consumistas. O que se está propondo aqui é justamente a possibilidade de unir estas duas frentes ! Não existe justiça ambiental sem justiça social, e é isso que é preciso perceber e por em prática neste momento.