quarta-feira, 5 de agosto de 2009

NOVAS FOTOS DE ÍNDIOS ISOLADOS


Índios isolados, provavelmente falantes de línguas da família Pano, que vivem em terras indígenas no Paralelo de 10°S e suas imediações, voltaram a ser fotografados, entre os dias 9 e 11 de julho, durante sobrevôo de avião organizado pela Fundação Nacional do Índio (Funai) e o governo do Acre. Participaram da expedição o sertanista José Carlos dos Reis Meirelles Jr., coordenador da Frente de Proteção Etno-Ambiental do Rio Envira e assessor Especial dos Povos Indígenas do governo do Acre, Francisco Pinhanta, além do fotógrafo Gleilson Miranda, da Secretaria de Comunicação.

Os índios isolados ocupam três conjuntos de malocas, situados nas cabeceiras do rio Humaitá, no alto Riozinho e no alto igarapé Xinane. Dois desses povos têm presença permanente constatada em território brasileiro há décadas, enquanto o terceiro se assentou há menos de dois anos no alto Xinane, oriundos do lado peruano da fronteira. Um quarto povo, os Mashco-Piro, passa temporadas, geralmente durante o verão, em território brasileiro, nos rios Envira, Iaco e Chandless (os últimos dois afluentes do rio Purus).

Mais fotos e informações no Blog da Amazônia.

7 comentários:

Acreucho disse...

Ainda bem que você colocou "índios isolados". Outro dia, num blog de gente fina aqui da cidade, tinha "índios invisíveis são fotografados". Se são invisíveis não podem ser fotografados...

Anônimo disse...

por que não deixam os "isolados" em PAZ?!

lindomarpadilha.blogspot disse...

Caro Altino,

Volto a dizer que início de 2003 apresentamos um relatória ao Ministério Público Federal e à FUNAI dando conta da existência e localização de pelo menos um povo na cabeceira do rio Chandless, provavelmente os chamados Mashco, próximo ao Riozinho, um afluente à margem esquerda do Chandless.

Nosso propósito foi, e sempre é, de garantir a vida desses povos sem que se faça contato. O caminho legal é a interdição da área. Essa interdição pode e deve ser feita pela FUNAI imediatamente após a identificação/localização.

Naquela época dissemos e denunciamos que a criação do Parque Estadual do Chandless não estava levando em consideração a existência daquele povo, que tem direito legal ao usufruto exclusivo do território por ele habtado. Infelizmente, passados quase sete anos e nada foi feito para proteger o povo.

Recentemente, no encontro dos dois presidentes, do Brasil e do Perú, que se deu aqui no Acre, tentamos trazer à tona a situação desses índios. Fomos impedidos de tocar no assunto. Pior, os presidentes trataram de assinar termos de compromissos que que só vão piorar e ameaçar ainda mais a vida desses povos, como a construção de hidrelétricas e exploração de petróleo e gás natural.

A saída é uma só: interditar imediatamente a área do lado brasileiro e negociar em caráter de urgência com o governo peruano. Precisamos proteger esses índios e deixar que vivam em paz segundo seus costumes.

Bom trabalho.

Lindomar Padilha

Tribudragon disse...

Como comunidade pode ser isolada no 21o século?
até em Amazonia?

De qualquer maneira, a foto aventura prometedora;-)
Agora, muitos viajantes tentarão conseguir isto pessoas.

Calorosamente cumprimentos da Tailândia,
Leonard

ediney disse...

espero que não levemos para eles nossas doenças e nossas tragédias

Anônimo disse...

Precisamos isolar cada vez mais esses indios, de preferencia sumir com eles, caso contrario, corremos o risco de perder pelo menos 60 mil acres de florestas que poderiam nos dar muito mais resultados. É o que aconteceu com o "indio do buraco" em Rondonia.

Acreditem, por causa de apenas um suposto índio, bloquearam uma área de 20 mil acres de floresta em Rondonia. Agora imaginem com 3 ou 4 indios...

Como alternativa, sugiro empurrar eles pro lado peruano e passar uma cerca.

PS: Uma peça de madeira de 4x2 polegadas em Cruzeiro do Sul está custando a bagatela de R$ 120,00 a unidade.

PS2: Afinal de contas, os indios já desbloquearam a BR entre Rondonia e Acre?

Simony disse...

Acho melhor deixarem eles isolados pois só assim tanto a cultra indígina quanto a natureza ficarão preservados.