Prostitutas brasileiras que trabalham em Cobija, capital do departamento boliviano de Pando, na fronteira com Brasiléia (AC), estão sendo vítimas de tortura e violência sexual, denuncia o Movimento MAP -de Madre de Dios (Peru), Acre (Brasil) e Pando-, em relatório obtido com exclusividade pelo Blog da Amazônia.
O governo do Acre já comunicou sobre a situação ao Ministério das Relações Exteriores e à Embaixada da Bolívia em Brasília. Segundo o relatório, as violações cometidas com mais freqüência são maus tratos, abusos de autoridades, torturas, perseguições, ameaças, extorsões e abusos sexuais, geralmente por parte da polícia, responsável pelo controle operacional da imigração.
O caso foi denunciado primeiramente pelo médico Alejandro Alex Rodriguez Vargas, que trabalha no programa DST/Aids de Pando, financiado pela Cooperação Holandesa. Vargas teve paciência e sensibilidade para colher os depoimentos das prostitutas atendidas no consultório dele.
O médico disse que os maus tratos sofridos pelas mulheres são incrementados com ameaças e extorsões de “serviços sexuais” como condição para que não sejam presas.
- A irracionalidade, a falta de informação e ética se traduz na violação dos direitos humanos e em condições de tortura estatal. Exercer o trabalho sexual agora se converte facilmente numa situação de subordinação, discriminação e abuso de poder - afirmou Vargas.
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Um comentário:
Gostaria apenas de esclarecer, a respeito do post sobre asilo para Alberto Pizango, que o CIMI se manifestou sim e não só como Regional Amazonia Ocidental mas, como todo o CIMI. Infelizmente não podemos falar e agfir em nome dos índios e, aqui no Acre, por força da relação estreita com o governo, as organizações indígenas não querem se comprometer. De outro lado, temos clareza de há uma grande pressão em favor da exploração de petróleo e gás natural. Todo mundo sabe da posição do CIMI em relação a exploração de petróleo e gás.
Nacionalmente o CIMI lançou nota denunciando o genicídio que está em curso no Peru e vamos atuar junto a organismos internacionais afim de que haja uma intervenção por parte de quem é legítimo para fazê-lo. É inaceitável o que está ocorrendo no Peru! Mais do que solidários, somos apoiadores incondicionais dos povos indígenas e suas reivindicações.
Reafirmo mais uma vez: não estamos acomodados e nem calados. O que ocorre é que, infelizmente, não costumam deixar as vozes destoantes do modelo de desenvolvimento proposto para Acre se fazerem ouvir. Continuamos firmes na caminhada, sempre rumo à vitória.
Bom trabalho.
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