terça-feira, 9 de junho de 2009

ASILO PARA ALBERTO PIZANGO



Apesar de estar indiretamente relacionado ao ambiente acreano em decorrência do mesmo bioma na faixa de fronteira, etnias indígenas e ameaça de exploração de petróleo e gás, o conflito na Amazônia peruana segue sendo ignorado por indígenas, sertanistas, antropólogos e ONGs no Estado.

Nem a Comissão Pró-Índio do Acre, dirigida pela antropóloga peruana Malu Ochoa, foi capaz de manifestar até hoje qualquer tipo de solidariedade aos indígenas daquele país.

O que se viu por aqui nos últimos dias foram mimos ao carniceiro Alan Garcia, que chegou até a ganhar um fogão a lenha de presente do governador Binho Marques (PT).

O governo da Nicarágua decidiu nesta terça-feira outorgar o asilo político ao dirigente indígena peruano Alberto Pizango, que se refugiou no país, após os conflitos entre nativos da região da Amazônia peruana e forças policiais.

- Aos meus irmãos dirigentes de AIDESEP e às Organizações Regionais e Locais, quero expressar que continuamos juntos, pelo que lhes faço um chamado a não desanimar até conquistar nossos objetivos e que o Peru inteiro entenda e compreenda que nossa resistência pacífica é para garantir a vida, o meio ambiente e o território de nossos povos legados por nossos ancestrais. Nesse sentido exigimos a derrogatória dos decretos legislativos e, por esta razão, sou objeto de uma perseguição política incessante e que não terminará porque os próprios ministros decidiram e julgaram-me. Por essa razão determinamos nosso exílio - afirmou o líder indígena Alberto Pizango no comunicado que confirma seu exílio na Embaixada.


Quem estiver interessado em se informar melhor a respeito da revolta na Amazônia peruana deve visitar os websites das organizações Aidesep e Servind.

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