O chefe da Casa Civil do governo do Pará , Carlos Puty, está na região de Xinguara e Eldorado dos Carajás, no sul do Estado, onde um confronto armado entre posseiros e seguranças da Fazenda Castanhais, da Agropecuária Santa Bárbara, de Daniel Dantas, no sábado à tarde deixou oito feridos.
Na recente ação do juiz Fausto De Sanctis sobre os mandados de busca e apreensão no Rio, a Agropecuária Santa Bárbara é citada logo nas primeiras páginas da decisão. Ela integra a investigação da Polícia Federal na Operação Satiagraha.
O economista Carlos Puty não concorda que apenas a presença de grupos empresariais que adquiriram extensas áreas no Pará contribua para o acirramento do conflito fundiário no Estado.
- O problema da concentração fundiária é uma verdadeira balbúrdia no Pará. O que contribui para o acirramento é a concentração fundiária - disse Puty em entrevista por telefone ao Blog da Amazônia.
Segundo o chefe da Casa Civil, existe um movimento recente de compra de áreas gingantescas no Pará por grupos empresariais cuja origem dos títulos está sendo questionada pela Justiça, o que gera insatisfação dentro do empresariado local e tensão social.
O Pará possui um território de 124,85 milhões de hectares e 7 milhões de habitantes, sendo que sua área está afetada por unidades de conservação (61,7%) e terras indígenas (24,6%) sob competência da União. 21% está sob a competência do estado do Pará.
De acordo com Puty, o ordenamento territorial é um instrumento fundamental para assegurar paz, sustentabilidade ambiental e econômica.
Veja os melhores trechos da entrevista no Blog da Amazônia.
2 comentários:
Bem,
Esse lance de concentração fundiária é uma tolice, se o Brasil não possuísse uma agricultura de ponta e uma pecuária forte teríamos ido pro brejo cedo, ou melhor, nem teríamos saído de lá.
Essa onda de sem terra é furada, me diga pra que eles querem terra, pra vender ao primeiro fazendeiro que aparecer?
Países que não fizeram a falada reforma agrária se deram bem, o que tira o povo da miséria é crescimento econômico o resto é conversa de esquerdista burro.
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