sábado, 4 de abril de 2009

AO LADO DO GOVERNO

E a denúncia de corrupção (aqui) feita pelo Ministério Público Federal contra empreiteiros e assessores do governo do Acre? É pura diversão a leitura dos quatro diários nesta manhã.

A Gazeta reproduziu integralmente a nota do MPF e acrescentou ao final que a sua reportagem "tentou contato com Sérgio Nakamura, mas o telefone estava fora da área de serviço".

Respeitosamente, Sílvio Martinello, diretor do jornal, nem fez piadinha sobre o escândalo em sua coluneta. Ponto pra Gazeta, que ao menos teve a "coragem" de reproduzir uma informação oficial de outra fonte que não é governamental.


Tadinha da Tribuna. Só faltou dizer que o MPF está errado. De acordo com a nota a seguir, dá pra deduziz que não publicou a denúncia porque não ouviu o "outro lado":

"O Ministério Público Federal denunciou diversos dirigentes do Deracre e distribuiu releases para todas as redações de jornais e TVs locais, além de fazer publicar matéria completa em seu site. A editoria do jornal A TRIBUNA procurou ouvir a versão do governo estadual, mas, até o fechamento desta edição, não recebeu nenhuma resposta."

O jornal O Rio Branco, do empreiteiro Narciso Mendes, limitou-se a dizer que o MPF está querendo ferrar Sérgio Nakamura. Lembram que Narciso foi quem mais denunciou corrupção envolvendo verbas para asfaltamento e recuperação da BR-364? Narciso se tornou aliado do PT, sua família tem sido premiada com várias obras e agora...


No Página 20, apenas Leo Rosas, da coluna Poronga, tratou do assunto. Ele adiantou:

"Fonte da coluna afirma que o trabalho do MPF será intensificado. É que as investigações iniciadas há quatro ou cinco anos estão sendo fechadas agora. Vem confusão questionando procedimentos na área ambiental, responsabilidade penal e improbidade. Até o fechamento da edição, os envolvidos na denúncia não tinham se manifestado sobre a ação do MPF."

O blog continua aberto aos empreiteiros e assessores do ex-governador Jorge Viana, para que possam se pronunciar a respeito das denúncias de falcatruas envolvendo R$ 22,8 milhões.

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