Os atingidos pelas barragens de Santo Antônio e Jirau, em Rondônia, montaram acampamento no Ginásio São Cristóvão, em Porto Velho, para realização de uma assembléia com o objetivo de denunciar os problemas causados pelas barragens que estão sendo construídas no Rio Madeira.
Progresso e desenvolvimento para quem? Esse é o questionamento que os atingidos pelas barragens do Madeira querem fazer ao presidente Lula, que visitará Porto Velho nesta quinta-feira, quando fará a entrega de títulos definitivos do Programa de Regularização Fundiária Urbana.
Os atingidos pelas barragens de Santo Antônio e Jirau exigem do governo a presença do presidente no acampamento. Eles querem entregar a pauta de reivindicação das populações que serão atingidas e prejudicadas pelas barragens.
- O MAB e demais movimentos contam com a presença do presidente aqui no acampamento, queremos que ele ouça nossas reivindicações - apela Tânia Leite, do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).
Ela disse ser mera coincidência o acampamento um dia antes da viagem de Lula a Rondônia.
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7 comentários:
Ingenuidade achar que Lula dará ouvidos à reinvidicações. A implantação dessas hidrelétricas já é questão de honra para o governo que ignorou muitas outras reivindicações e até passou por cima de advertências de órgãos que tratam do meio ambiente.
Alguem ja fez omeletes sem quebrar os ovos? As consequencias sao minimas em vista a tanto beneficio
Boa Tarde Altino Machado,
Desculpe mais vou comentar sobre outro assunto:
É sobre a compra de leite efetuada pela EMURB pela dupla Gildo Cesar e Jorgenei Fernandes ( mais conhecido como GATO). Ao inves de adquirir os produtos produzidos no Acre, no caso o leite em saco pois existe alguns laticinios no Acre, a dupla preferiu comprar produtos produzidos e embalados sabe aonde ? Rondônia. Viva a industria acriana.
Assinado.
Funcionario Público da SEMA
Caro Altino,
Sempre que um movimento se organiza na defesa de direitos, em Rondônia ou em qualquer outro Estado brasileiro, as forças retrógradas locais se articulam no sentido de criminalizar o movimento. Para isso contam principalmente com políticos e setores da imprensa e até com setores do judiciário.
A situação dos atingidos é tão grave que nem precisariam se juntar para fazer ouvir seus apelos. Já denunciamos inúmeras vezes a existência de um povo indígena ainda sem contato com a nossa sociedade que será banido do mapa com a formação do lago e só muito recentemente a FUNAI reconheceu a existência daquele povo. Quando digo FUNAI estou dizendo o governo brasileiro, o Ministério da "Justiça". Mas, neste governo é moda dizer que não se sabe de nada!!
Bom trabalho.
Lindomar Padilha
Como é que é ? Então o "povo" de Rondônia não quer as hidrelétricas ?
Por favor então tragam elas e todos os empregos,desenvolvimento econômico etc para o Juruá.Aceitamos pagar todos os ônus,inclusive a "destruição" da "cultura" de alguns povos indígenas que falam o português,tem a pele clara e olhos verdes(incrível não ?),como esses que a gente ver nas passeatas a favor do meio ambiente.É brincadeira !!!Podem inclusive construir a barragem no Igarapé Preto,não tem problema.Enfim teria uma verdadeira utilidade para nossa população.
O que não dar é nós ficarmos aqui feitos uns apalermados,sentados em cima de "riquezas" sem poder usufruir delas,servindo como macacos em jaula para a diversão de turistas,morrendo de doenças,sem saúde,educação,etc esperando o futuro chegar.Na vida real é primeira vez que vejo alguém guardar riqueza sem receber uma idenização por isso.O resto faz parte dos contos de mil e uma noite.
Assim sendo manda essa tranqueira para cá.Nós os verdadeiros "povos da floresta",aceitamos ser "devastados" pelo progresso.
Caro Altino,
Sugiro que o Jabor Theina e outros que são "defensores" do 'progresso' se mudem para São Paulo e, assim, possam gozar das maravilhas dos empregos, desenvolvimento econômico... Enfim, da vida de civilizados desenvolvidos.
Respeito muito o pessoal de São Paulo e acho que eles não ficarim tristes com a mudança de mais algumas poucas pessoas para lá. Quem sabe não ajudariam a fazer uma hidrelétrica no cristalino Tietê.
Bom trabalho.
Lindomar Padilha
Jabor pelo visto está se lixando como dizem, para a floresta e os povos tradicionais. É a política do vamos acabar com tudo, colocar concreto e derrubar a floresta. A população indígena está aqui há muito mais tempo que os ditos civilizados que dizimaram etnias inteiras de forma muitas vezes desumana, brutal. É preciso um pouco mais de sensibilidade para perceber que a coisa não é tão simples, o "progresso" às vezes cobra um preço muito alto e nesse caso desrepeita as populaçãoes tradicionais, causa sérios danos ao meio-ambiente. Além do mais a cidade com a sua péssima infra-estrutura não está preparada para todo esse progresso. Essa usinas estimula a vinda de pessoas e o comércio está bombando, mas em contrapartida nosso trânsito está um caos, as ruas esburacadas e remendadas e isso em avenidas principais, nosso sistema de saúde superlotado e sem qualidade, nossa sistema educacional nem se fala. Mas isso não importa não é mesmo? O que muitos querem é progresso a qualquer custo, o resto que se dane. Consequências a a longo prazo virão.
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