terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

RETENÇÃO DE CARBONO DA AMAZÔNIA


Pesquisadores do Instituto Copérnico da Universidade de Utrecht, na Holanda, sugerem que a destruição da Amazônia pode ser contida se for dado um estímulo financeiro à manutenção dos serviços ecológicos prestados pela floresta, como a quantidade de dióxido de carbono retida em suas árvores.

A retenção de CO2, que tem como valor estimado entre R$ 113 e R$ 226 por hectare por ano, é apenas um dos muitos serviços ecológicos prestados pela Amazônia. Os dados fazem parte do estudo “Mantenodo a floresta amazônica em pé: uma questão de valores”, encomendado pela Rede WWF.

O objetivo do relatório é determinar o valor econômico dos serviços fornecidos pelo meio ambiente natural da Amazônia. Entre os exemplos estão a circulação de grandes quantidades de água, o depósito de carbono - o qual, ao ser liberado, é convertido em CO2, um gás de efeito estufa -, além da contribuição da floresta para o equilíbrio térmico do planeta.

Segundo o estudo, a prevenção da erosão poderia valer aproximadamente R$ 537 por hectare por ano. A dispersão do pólen nas plantações de café no Equador, que é feita pelos insetos originários das florestas tropicais, valeriam R$ 110 por hectare por ano.

Produtos como mel, frutos florestais e cogumelos representariam um valor aproximado de R$ 113 a R$ 226 por hectare por ano. A recreação e o ecoturismo significariam, em média, entre R$ 7,8 e R$ 15,8 por hectare por ano.

No entanto, a maior parte desses serviços ecológicos, de grande valor econômico e social - sem falar no valor cultural da Amazônia para os que nela vivem e para os brasileiros em geral -, não tem mercado. Segundo o WWF, quem desmata pode até obter eventualmente algum benefício econômico de curto prazo, mas a sociedade perde um valor econômico mais alto, e ainda paga os custos das enchentes e das secas decorrentes do desequilíbrio climático, por exemplo.

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