terça-feira, 13 de janeiro de 2009

NEM BANDIDOS NEM MOCINHOS

Dina Lida Kinoshita e Moisés Storch

O Oriente Médio é uma área estratégica no plano econômico, geopolítico e militar. Tem sido palco de disputas por hegemonia entre países da região, bem como entre potências mundiais.

É fonte de preocupação permanente em todo o planeta, pelo arsenal bélico - inclusive nuclear - que ali se encontra, sempre propício a conflagrações que podem fugir a qualquer momento ao controle político ou diplomático.

É neste contexto que o conflito palestino-israelense se enquadra e já perdura por mais de seis décadas. Um conflito extremamente complexo, melhor compreendido por uma seqüência de imagens do que por um instantâneo.

De todo modo, é bom frisar que nesse filme não há "bandidos" nem "mocinhos", embora setores da mídia e da esquerda mundial o mostrem e defendam de forma unilateral. Como na lógica definida por Bertrand Russell como "a crença na virtude dos oprimidos", acabam sendo exibidos com destaque apenas os fenômenos trágicos que ocorrem no lado palestino. Mas, as vítimas e os algozes estão nos dois lados.

Leia o artigo completo na Terra Magazine.

8 comentários:

Anônimo disse...

Até que enfim um texto de alguém que entende que no Oriente Médio não dá para definir culpados: os "pobrezinhos", "massacrados" dos palestinos e as "pestes", "cachorros", dos israelenses.
Nesta guerra não há vencedores, só derrotados.

Anônimo disse...

Bem,
Eu que fiz comentários ácidos sobre os textos de Moisés Diniz, me vejo agora diante de um texto lúcido sobre a questão do Oriente Médio.
Me alegro em ver alguém escrever sobre este tema sem se deixar contaminar por ideologias dos "çeres umanos".

Anônimo disse...

É verdade, como também no ocidente!

Anônimo disse...

Bom, até entendo que não podemos analisar os fatos do conflito árabe-israelense sob o prisma de "mocinhos versus bandidos", mas, é inegável o fato de que é o Estado de Israel com o apoio dos EUA que descumpre deliberadamente as resoluçõres da ONU bem como podemos perceber que as vítimas palestinas são em número bem maior que as vítimas israelenses. Isso são fatos, e não filtragens ideológicas de um lado ou de outro.
wlisses

Anônimo disse...

Enfim, realmente uma análise um tanto quanto menos tendenciosa que as outras, mas ainda sim tendenciosa. ALiás, não tem como ser diferente ou ainda alguém aqui acredita que existe neutralidade?

Eu acredito que o mundo precisa fazer uma mea-culpa nessa história toda desde o inicio, e que começa com a criação do Estado de Israel em 48. A decisão de criação de uma Estado judeu, não poderia ter saído no calor da descoberta do holocausto judeu na 2° Guerra. Não se cria um Estado assim de supetão, ainda mais no Oriente Médio. O que temos que ter claro, é que mais do que resolver a questão judaica, o Estado de Israel surgiu como um instrumento da Guerra Fria. Sua criação de pouco teve a ver com uma pretensa "dó mundial" em relação aos judeus, como tentam vender. Para que os EUA tivessem uma porta aberta aliada nessa região tão estratégica em função do petróleo, foi que surgiu a criação de um Estado judeu justamente no Oriente Médio. Em termos geo-políticos e quardadas suas devidas proporções de soberania, Israel é uma espécie de quinquagésimo primeiro Estado americano encrustado no Oriente Médio. Inevitavelmente teriamos problemas, tendo em vista as caracteristicas locais.

O curioso é que o movimento sionista do século XIX, previa a criação de um Estado judeu em partes onde hoje é a Argentina. Isso faz cair por terra, mais uma vez, o argumento de que os judeus faziam tanta questão assim dos lugares sagrados de sua religião, como é Jerusálem.

Enfim, definitivamente, o conflito que vemos hoje tem o dedo podre de nossa tão propalada sociedade ocidental, sob tutela americana!

Anônimo disse...

o MOisés Diniz diz que as vitimas são somente os homens bombas. Viva a "paz lestina".

Anônimo disse...

Continuo achando que devemos apenas defender a PAZ pela PAZ. Sem tomar as dores de A ou B. Há tantos anos eles se degladiam e se matam. Ou se vê o vizinho como amigo ou serão eternos inimigos. Quero é Paz nomundo e chega de insanidade. Parem de fabricar armas, foguetes, canhoes (maquinas de guerras inimagináveis). Os maiores assassinos são os fabricantes! É preciso também acabar com aquele fanatísmo louco usando religião para tomarem o poder.
Dhega!

Anônimo disse...

O Estado de Israel foi criado em 1946, pelos EUA e Europeus, diga-se de passagem, em um território que não lhes pertencia. Desde sua criação, o Estado de Israel já ocupou 83% do território que era da Palestina originalmente.
Todas as formas de "terrorismo" que existem hoje, foram primeiro usadas pelos sionistas, desde as bombas em mercados publicos até as cartas bombas, todas as formas.
A Palestina vive ocupada a 60 anos, quem controla o fornecimento de agua, energia, entrada e saida de remedios, entrada e saida de pessoas na Faixa de Gaza são os Israelenses, que so fornecem luz por 3 horas diarias, e ainda cobram o preço que querem.
Somente nessa ultima guerra, a que esta acontecendo atualmente, já morreram 950 palestinos e 4000 mil feridos, do lado de Israel morreram 14, sendo que somente 9 foram mortos por palestinos os outros 5 foram mortos por Israel em um tiro errado. Do lado palestino a Faixa de Gaza esta totalmente destruida, sem remedios nos hospitais, sem medicos, sem ambulâncias, sem luz, alguns feridos levam cerca de 4 dias para serem atendidos, não tem nem ao menos agua. Do lado de Israel, 2 ou 3 casas parcialmente destruidas, todos os feridos recebem tratamento medico de primeiro mundo, e tem suas familias em casa esperando por eles. Na Faixa de Gaza, Israel ataca a população civil, usa bombas de fosforo branco, proibidas pela ONU. As mesmas bombas foram usadas por Israel na guerra contra o Libano, em 2006, tudo contra população civil. Em Israel quando vai sofrer um ataque de missão do Hamas, soa uma sirene e todos correm para abrigos, proprios para bombas. Na Faixa de Gaza, não tem pra onde correr e nem onde se abrigar.
E o pior de tudo, a intenção de Israel e destruir o Hamas, lembrando que o Hamas foi eleito pelo voto do povo palestino, que só fica mais forte a cada dia de guerra que passa, a cada nova pesquisa feita o Hamas ganha mais apoio popular, pois toda a população esta com parentes, as vezes a familia toda morta. Israel esta promovendo essa guerra, por questões politicas internas, a eleição lá é por esses meses. E tambem não adianta dizer que Israel é uma grande democracia porque não é, prova é tanto que os jornalistas estão proibidos de entrar na Faixa de Gaza, desde quando a censura faz parte de uma democracia?
Ai eu faço uma pergunta: como é que não existe mocinhos e nem bandidos? é claro que existe! é só observar!