sexta-feira, 30 de maio de 2008

"ATÉ OS ACREANOS"

Do jornalista Chico Bruno:

- Altino, até os acreanos! Essa Renata Brasileiro, do Página 20 [leia aqui], é uma voadora. Ela escreveu: "A notícia veio à tona por meio da agência BBC e foi veiculada com destaque em quase todos os jornais on line no início da tarde de ontem. De acordo com a agência, as fotografias foram feitas durante uma missão da Funai, que incluiu um sobrevôo à região isolada". Estou revoltado com a omissão da fonte correta pela mídia nacional e internacional, mas não poderia supor que seus vizinhos agissem dessa forma.

Caro Chico, desonestos nascem em todos os lugares. É assim que agem os invejos, canalhas, sórdidos, avarentos, incapazes e pobres de espírito. Conheço todas essas peçonhas. A "recórter" copiou o texto da BBC e ainda ousa pespegar o nome dela como sendo autora do feito insano. O ex-deputado Hildebrando Pascoal tinha razão, Chico, quando avisou-me: "Altino, seus maiores inimigos são alguns colegas seus de profissão. Eles me telefonam quase todos os dias falando horrores de você". É por isso que meu modesto blog tem mais leitores do que os quatro diários de Rio Branco, que circulam com menos de mil exemplares, totalmente financiados pelo governo estadual com verba do contribuinte acreano. Alguns deles, acredite, circulam com até 200 exemplares. Ao menos, na Folha de S. Paulo [aqui, para assinantes], que é o jornal mais influente e de maior circulação no país, o que é relatado é diferente:

"A Funai tirou mais de mil fotos. Meirelles decidiu repassar o material fotográfico ao jornalista Altino Machado, que publicou três fotos no site "Terra Magazine". A idéia era sensibilizar o governo do Acre, que prometeu instalar um posto de vigilância na área, que virou alvo do garimpo ilegal".

E mais adiante:

"Meirelles, que trabalha há quase 40 anos na Funai e se tornou o maior defensor dos índios isolados na fronteira Brasil-Peru, matou um índio no final dos anos 80. Em entrevista ao "Terra Magazine", ele admitiu que nunca superou o episódio, que classificou como "acidente de percurso".

Eram índios Masko, um povo nômade que vive nas cabeceiras dos rios Purus, Envira e Juruá. "Você imagina o que é ser cercado por um monte de índios? Sobrevivi com uma certa dose de consciência, pois, se fosse uma pessoa qualquer, na situação que eu estava, poderia ter matado um monte de índios. Eu estava armado e apenas um morreu", contou".

Um comentário:

. disse...

Ainda nao entendi qual é a desse Meireles. Quem pagou essa viagem inutil de procurar indios isolados? Que tal fazermos turismo sobrevoando essas localidades... garanto que tem muito gringo besta que pagaria caro pra ver indio