quinta-feira, 6 de março de 2008

"ESCÂNDALO"

Nota de abertura da coluna Poronga, do Página 20, assinada pelo jornalista Leonildo Rosas:

"O governador Binho Marques, guardião da legalidade, tem que mandar examinar a licitação 0023/2008 CPL2. Trata-se da contratação de serviços gráficos. O acerto feito no processo licitatório tem superfaturamento de até 300%".

Meu comentário:

Como diria Hildebrando Pascoal, vamos por partes. O governador pode realmente determinar a abertura de investigação da denúncia feita por um jornal afinado com os esforços de sua gestão. Mas ressalve-se que Elson Dantas, diretor do Página 20, também é dono de uma gráfica e sua empresa costuma ser contratada para esse tipo de serviço.

As propostas da licitação (pregão, menor preço por lote) foram abertas na segunda-feira. Ely Assem de Carvalho, dono do jornal A Tribuna, por exemplo, ganhou dois lotes e por isso seu diário não registra nenhuma queixa.

A licitação atende pedido de contratação de serviços de confecção e reprodução de material gráfico para as necessidades pedagógicas de diversas gerências da Secretaria de Educação.

O pregoeiro da Comissão Permanente de Licitação (CPL 02), Jailson Barbosa de Souza, em resposta ao pedido de esclarecimento de uma empresa licitante, a Santos e Caprini Materiais Gráficos e Editora LTDA., informou que o valor para a contratação dos serviços é de R$ 2,4 milhões.

É muito dinheiro no Acre, claro. O caso ganha contorno de grave quando
o jornal afirma que houve acerto no processo licitatório que resulta em superfaturamento de até 300%.

O lamentável é que o Página 20 tenha preferido tratar o suposto escândalo em duas notinhas lacônicas(ontem e hoje), quando poderia ter feito uma reportagem realmente esclarecedora sobre a questão. Afinal, o jornal diz conhecer o "acerto" e os percentuais do superfaturamento.

Este post estã reproduzido no Blog dos Blogs, do jornalistas Tales Faria.

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