sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

"TEJE" PRESO

Leio em A Gazeta que o "carnaval da segurança", realizado no estacionamento do estádio Arena da Floresta, possibilitou a identificação de dois foragidos com mandados de prisão em aberto.

- Quando divulgamos isso, marginais que estavam nessa situação preferiram não ir brincar o carnaval - declarou o coronel Paulo César, comandante do policiamento metropolitano.

Perguntar não ofende: se a PM conhece tão bem a preferência dos bandidos que desistiram do carnaval, por que não é capaz de prendê-los? Ou, ainda, uma sugestão: no próximo carnaval, coronel, não divulgue nenhuma proeza e espere que todos os bandidos foragidos compareçam à Arena. E prenda a todos de uma só vez.

Lembrei da primeira semana após o assassinato de Chico Mendes, em dezembro de 1988, quando o então secretário de Segurança Pública do Acre, o coronel Carlos Castelo Branco, recebeu o então diretor-geral da Polícia Federal, Romeu Tuma.

Havia um batalhão de jornalistas e o secretário se empolgou numa entrevista coletiva até fazer a "revelação" de que policiais avistaram no dia anterior, na floresta de Xapuri, os irmãos Darli e Alvarino Alves da Silva, suspeitos de mandantes do crime.

A entrevista acabou quando deixei o secretário pálido, sem palavra, ao perguntar-lhe por que seus homens encontraram e não prenderam os dois fazendeiros.

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