sábado, 16 de fevereiro de 2008

NEGÓCIOS, SIM

Um megaprojeto nos ares


Dessa vez Jorge Viana pisou na bola ao tentar um drible na imprensa. Na quarta-feira, quando estava em Brasília, o presidente do Conselho de Administração da Helibrás não quis falar a este blog sobre a reunião que teria com o presidente Lula no Palácio do Planalto naquele dia.

No dia seguinte, em Rio Branco, telefonou para o jornal A Gazeta, a quem declarou que estivera reunido apenas com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, para discutir a necessidade da participação do Acre e Rondônia no consórcio do Complexo Hidrelétrico do Madeira.

- A propósito, este matutino foi ouvir o ex-governador Jorge Viana e ele relatou o que foi tratar no seu encontro esta semana com o presidente Lula e a ministra Dílma Rousseff. Simples, não? - ainda incensa-se na edição de hoje Sílvio Martinelo, um dos donos do jornal que comeu mosca.

A historinha contada no Acre é literalmente insustentável. Viana preferiu reservar a verdade ao jornalista Lauro Jardim, da coluna Radar, da revista Veja. Leia:

"Um dos temas não revelados do encontro entre Lula e Nicolas Sarkozy na terça-feira foi o apoio da França a um megainvestimento de 1 bilhão de euros para criar no Brasil um parque industrial de ponta para fabricar helicópteros de médio e grande portes. Será o segundo pólo aeronáutico brasileiro – o outro é o da Embraer. Sem alarde, houve uma reunião no Planalto na quarta-feira. Ali, Lula deu o sinal verde para o projeto, que lhe foi apresentado em setembro por Jorge Viana, ex-governador do Acre e atual presidente do conselho da Helibras, que centralizará o novo pólo – a empresa, apesar do nome, não é uma estatal. Inicialmente, a Helibras fabricará helicópteros como SuperCougar. Para viabilizar a idéia, terão de ser vendidos no Brasil cinqüenta desses aparelhos até 2020. De saída, a Aeronáutica deverá comprar vinte. A idéia é que em 2010 o primeiro modelo já saia da fábrica".

2 comentários:

Luiz Matos disse...

A questão agora é:
JV foi "escolhido" pela empresa para ocupar este cargo devido sua experiencia empresarial ou devido a sua influencia politica? Ou os dois?

Ja que para muitos o mesmo e' o `papa acreano`, bem que o projeto pode trazer o Polo pra ca. Ja pensou?
Afinal.. temos que ter uma resposta ao nivel das `hidreletricas de Rondonia`.

Ah meu povo! Um politico se faz com muitos, mas com muitos Reai$ no bolso.

Antonio Alves disse...

Não apenas é negócio, mas é um grande negócio. Rapaz, eu olho esses sucesos do Jorge Viana e me sinto orgulhoso, da mesma maneira como me sinto quando o Ronaldinho faz um golaço lá na Espanha ou quando a Daiane faz uma pirueta de ouro. Então aquele brasileirinhos franzinos estão ganhando o mundo? Toca o hino nacional aí, Galvão, que é pra a gente se emocionar... A mesma coisa é com o Jorge Viana. Cara, que negócio de primeiro mundo! Coisa do nível da Embraer, Petrobrás, Vale, grandes empresas de origem brasileira mas que fazem parte da elite do mundo, o topo do capitalismo global. O Mário ainda fala em capitões da indústria. Isso é coisa do passado, Mário. O negócio agora é de general pra cima. Aquele menino acreano, vejam só! Toca o hino aí, Dirciney.
P.S.: Altino, entendi o movimento do Aníbal, faz parte do drible do Jorge: estava querendo atrair a nossa marcação.