segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

CARNAVAL DA ARENA


No estacionamento do estádio Arena da Floresta o folião tem que pular bem mansinho, mas bem mansinho mesmo se não o pau come. A arena é o coliseum, os nobres nos camarotes e os gladiadores lá embaixo. A brincadeira do carnaval como muito antigamente custou ao erário mais de R$ 800 mil.

Em tempo: por exigência da banda evangélica do governo da floresta, a estatal Agência de Notícas do Acre abriu uma nova galeria de fotos na página do site dedicada ao carnaval. Os evangélicos aparecem nela em seus retiros espirituais. Esquecem de dar a César o que é de César. O que tem a ver o (*) com as calças? Não existe lugar mais avacalhado que o Acre. Clique aqui.

3 comentários:

Saudades do Acre disse...

Depois de ler o texto do Poeta Antonio Alves, saí, hoje pela tarde, a catar carnavais. Não aqueles carnavais institucionais sob os auspícios do Município, que se apresentam, plasticamente belos, no sobe-e-desce dos blocos e troças pelas ladeiras do Sítio Histórico de Olinda, e na verdade é pra turista ver e participar, gerando receitas estratosféricas através de contratos milionários com patrocinadores poderosos.
Fui catar os carnavais dos bairros mais afastados, aqueles que o turista não vê, mas que encarnam com mais fidelidade o espírito folião da periferia. São troças que, às dezenas, desfilam pelas comunidades, com nomes exóticos, nem sempre recomendáveis, mas que levam a pura alegria em seu bojo, sempre na santa paz de Baco, já que geralmente vão a reboque de galões de batida de frutas e panelas repletas de “mão-de-vaca”, distribuídos sempre gratuitamente por distintos candidatos a candidatos a alguma coisa. Cada troça, cada bloco, tem um “modus operandi” com personalidade própria, e uma coisa é certa: Se tentarem proibir ou mesmo padronizar esse comportamento por aqui, seja a que título for, tenho certeza que o tempo esquenta e a taboca racha.

Saudades do Acre disse...

Altino, acredito ter desvendado um enigma. O que nos torna refratários a proibições de locais de folia e alardes sobre segurança para cercear a alegria do Carnaval são apenas lembranças ancestrais míticas, pois é nestes quatro dias que temos a chance de voltar a ser exatamente o que éramos, antes de sermos expulsos do Paraíso pela "segurança".

Anônimo disse...

Sempre tão ácido a qualquer referencia aos evangélicos, poderia tentar ser um pouco menos maniqueísta e olhar para outros absurdos que acontecem diuturnamente por aí, vide a reforma da catedral da cidade, custeada com dinheiro público, teoricamente, laico.