sábado, 26 de janeiro de 2008

BAIXA SEXUAL NO CARNAVAL

Telefonei para três proprietários de motéis em Rio Branco para saber quais são os dias mais movimentados nos seus respectivos estabelecimentos. Todos responderam que é dia dos namorados, réveillon e Natal, nessa ordem. Eles disseram, ainda, que a ausência de clientes durante o carnaval só perde mesmo para a baixa que se constata durante a Sexta-Feira da Paixão.

Não tenho como provar, mas essa pode ser a tendência nas demais capitais do país. Porém, o governo federal aproveita o período do carnaval para desenvolver todo ano uma campanha de 10 dias contra a Aids. O Acre, por exemplo, receberá hoje 1,3 milhões de preservativos a serem distribuídos durante o carnaval. A Coordenação Estadual do Departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids já começou a distribuir informativos, cartazes e camisetas no Estado.

No Blog do Noblat, a repórter Carol Pires revela que um estudo, divulgado na última quarta-feira pela Universidade Federal Fluminense, afirma que o Carnaval não está associado a um aumento no número de casos de doenças sexualmente transmissíveis. Clique aqui para ler mais sobre o desperdício de dinheiro público.

Um comentário:

@MarcelFla disse...

Altino, observei ao menos dois pontos que devem ser atentamente analisados antes de se publicar uma notícia como essa, e são eles:

*Os dados são com base em atendimentos realizados na FACULDADE, de uma única cidade Brasileira e não leva em consideração os outros atendimentos realizados nos outros hospitais da mesma cidade.

*Não se observou um dado importante também, não há informativo algum levantando o número de nascimentos realizados nove meses após o carnaval.


A secretaria de estado de saúde de São Paulo divulgou no dia 24 último, um estudo indicando que há um aumento de 25% em um serviço estadual chamado disk-aids após o carnaval, que é gratuito, e tem com o intuito instruir as pessoas a como agir em caso de suspeita de aids. Segue-se o link:

http://portal.saude.sp.gov.br/content/gubrecruwr.mmp

Infelizmente o governo do estado do Acre não dispõe de números e gráficos referentes a nascimentos/partos realizados por mês, ou ano, e o governo federal em seu portal de saúde, só coloca os números anuais e não mensais de nascimentos, mas uma fonte sem ligação política, uma funcionária da Maternidade Bárbara Heliodora em uma conversa informal certa vez disse-me que era expressivo o aumento no número de nascimentos nove meses após o carnaval.

Em relação aos motéis na capital, não sei a quais você ligou, não sei se é rede de motéis, e tentando imaginar e criar uma teoria (que pode ou não estar perto de uma verdade) imagino que a via verde fica praticamente interditada (local visível de maior número de motéis), as saídas sem querer fazer propaganda são os (motéis) da floresta que ficam até longe dos locais de festejo, e não me admira se os foliões prefiram seus carros, matos, e melhor ainda, suas casas! Seria até baixo comentar o que escuto de onde os foliões vão fornicar.

Mas independente do termômetro motel, acho que se fosse possível você nos dar os dados do termômetro Maternidade Barbada Heliodora, seria muito melhor para julgar-mos se o gasto com preservativos do governo é ou não inútil e desnecessário, bem como suas campanhas, e para não delongar mais, prefiro nem fazer uma comparação de quanto custa um preservativo e quanto custa formar um cidadão, dando-lhe saúde, segurança, educação, habitação, transporte, alimentação, futuramente emprego...