quinta-feira, 8 de novembro de 2007

ZONAS ESPECIAIS DE DESENVOLVIMENTO


A vice-presidente do Banco Mundial para a Região da América Latina e Caribe, Pamela Cox, chega hoje ao Acre para a audiência que terá amanhã, às 8h30, com o governador Binho Marques.

Vão tratar das Zonas Especiais de Desenvolvimento (ZED), programa para o qual o Estado pleiteia U$ 150 milhões para educação, saúde e desenvolvimento comunitário.

De sexta para sábado, Pamela Cox pernoita em Xapuri, a terra do líder sindical e ecologista Chico Mendes.

Um comentário:

cabocla disse...

Quando se atua com uma visão sistêmica do desenvolvimento não se separa o ecológico do político, do cultural, do social e do econômico. A economia estar a serviço do gênero humano que protege a biodiversidade e sociodiversidade. Os ecossistemas fazem parte integrante de nossa existência.
Nasci em Boca do Acre, como toda criança amazônica nascida no interior, a floresta é parte integrante de minha vida, carregada de forças sagradas, de mitos que alimentaram meu imaginário infantil. Minha convivência com o verde em todas suas tonalidades imprimiu um estilo de vida e cultura marcada pela esperança e uma forma de liberdade e convivência espontânea com a natureza. Daí meu eterno combate, pois faço parte também das mulheres guerreiras! Minha floresta de convivência, de símbolos, mitos, minha cultura amazônica não pode continuar a ser agredida, destruída sem escrúpulos.

Faço um clamor aos movimentos sociais, ao mundo associativo das Ongs comprometidas com o desenvolvimento territorial integrado e sustentável, Ao mundo acadêmico da região e a nível nacional, as organizações indígenas, aos partidos políticos comprometidos com a inclusão social e progresso para todos que não baixem o nível de vigilância na defesa da integridade ecológica da Amazônia. O governo Lula altamente legitimado pelo voto na região deve dar todas as condições necessárias para a sustentabilidade ecológica, cultural, social, econômica e política da região. Cobrar resultados dos projetos governamentais a curto, médio e longo prazo é um dever nosso no exercício da florestania/cidadania. As reformas não reformam quando os atores do desenvolvimento não estão preparados ao exercício da cidadania.

Vamos continuar a denunciar todos os dias os que continuam agredindo sues ecossistemas e as culturas do povo da floresta, vamos continuar propondo alternativas para um desenvolvimento Territorial integrado, solidário e sustentável para a Amazônia

Marilza de Melo Foucher
Dra. Em Economia-Sorbonne
Especializa em desenvolvimento territorial integrado e sustentável