sexta-feira, 21 de setembro de 2007

AMPAC CONTESTA BLOG

Celso Jerônimo de Souza

Senhor Jornalista Altino Machado,


Tendo em vista a notícia publicada no seu blog no último dia 19, com o título “ENCONTRO DAS ÁGUAS”, em que se reporta à atividade da Promotoria de Justiça Especializada de Defesa do Meio Ambiente, a Associação do Ministério Público do Estado do Acre vem expressar a Vossa Senhoria que não comunga com as afirmações relativas ao trabalho desenvolvido pela citada Promotoria, a qual tem à frente, a ilustre Associada, Promotora de Justiça, Dra. Meri Cristina Amaral Gonçalves.

Ao contrário do que foi afirmado na matéria, é de se ressaltar que a Dra. Meri Cristina tem desenvolvido excepcional trabalho nessa área, em prol da sociedade acreana e brasileira, não medindo esforços, muitas vezes até sacrificando o próprio convívio familiar, para amenizar os problemas sociais referentes às questões ambientais, citando como exemplo a sua atuação extrajudicial buscando a revitalização do Igarapé São Francisco, nesta Capital.

Não se pode olvidar, também, que o trabalho da digna Promotora é feito com abnegação, muitas vezes sem a contrapartida do Estado e da Municipalidade, inclusive, sem o necessário suporte técnico (perícias, laudos, etc.) para o desenvolvimento de suas atividades funcionais.

Quanto à imputada prevaricação, no que concerne ao trabalho desenvolvido pela nobre Associada, afirmo, com absoluta convicção, que não há. Pelo contrário, como já dito acima, ela é exemplo de profissional em termos de dedicação e compromisso com o meio ambiente, cujos atributos são públicos, notórios e transcende às fronteiras deste Estado.

Assim, confiante no grau de ética, responsabilidade e imparcialidade que devem nortear a atuação jornalística, venho manifestar a esperança de que fatos como esses não se repitam, por não ser expressão da verdade e, pior que isso, fazer injustiça ao trabalho desenvolvido pela ilustre e competente Associada.

Sem outro particular, colho o honroso ensejo para reafirmar a Vossa Senhoria votos de consideração e respeito.

Celso Jerônimo de Souza é presidente da Associação do Ministério Público do Acre

5 comentários:

Anônimo disse...

Sinto muito. Falar sobre cargos, trajetória, abnegação e sei lá mais o quê da senhora promotora não resolve, até porque o assunto não é esse.

A questão é "a água poluída e fétida que desce pelo canal do belo Parque da Maternidade, em Rio Branco, que encontra as águas do combalido Rio Acre, a 557 metros em linha reta do Palácio Rio Branco, a sede do governo da floresta."

Pois bem, sobre isso, o que a promotora e o presidente missivista têm a nos dizer? Alguma providência foi tomada? É sobre isso que queremos saber. E só isso!

Anônimo disse...

Que medida efetiva o MP, não só a Promotora, já realizou relativamente à questão das águas fétidas do parque da maternidade? Essa é a questão essencial.

Luiz Matos disse...

Disse tudo e nao disse nada.. como tudo no meio juridico, o EGO fala mais alto.

Pra sociedade nao interessa nada disso (ao menos pra mim).
Como dizia o outro: Estou ca***do e andando pra isso. Eu quero eh ver o meu ambiente limpo!

Abs,
Luiz.

Anônimo disse...

Há definição legal de aplicação mínima de valor orçamentário em saneamento básico? O Estado vem cumprindo e filcalizando? O MP tem fiscalizado e exigido?
Se não há legislação o MP está cobrando o legislativo? Como?
Afinal o MP não existe para defender os interesses republicanos? Não estamos do mesmo lado?...

Anônimo disse...

É risível a arrogância, pedantismo e formalismo desse discurso juridiquês, que de tanto se autoreferenciar acaba não dizendo nada a ninguém. Se perde em formas e expressões vazias de uma pretensiosa distinção e superioridade. Acorda aí, ô desconectado, olha a sociedade ao teu redor e vê se é capaz de perceber que ela não te devolve essa imagem que esse mundo jurídico reivindica para si. Um dia certamente já tiveram essa distinção que esse discurso suntuoso e vazio se atribui. Entretanto, para esta sociedade fragmentada pela perda de confiança nas instituições ditas democráticas já estão bem claros os interesses de quem elas representam, que certamente não são os do bem geral.
Tão formal e fictícia quanto essa tal "democracia" que "aceitamos" é a atuação desses órgãos oficiais ligados ao meio ambiente, com especial destaque para essa Promotoria de Defesa do Meio Ambiente, cuja atuação pouco se ouve falar, com exceção dos casos de omissão, como o que vemos agora.
Em vez de defender a dita promotoria com bobagens que nada comunicam para além do pedantismo peculiar à maioria dos membros dessa área (há as honrosas exceções), a associação poderia fazer a útil tarefa de esclarecer os motivos pelos quais essa promotoria é tão limitada à mera existência formal, nem que para isso tivesse que desagradar muitos dos interesses que são os que realmente são levados em conta nas ações ou na falta de ações do MP e do judiciário em geral. Todos vocês, assim como a população em geral, são obrigados a conviver com a mesma lama podre daquilo que por costume ainda chamamos de rios e igarapés e com a atmosfera fumacenta em que estamos inseridos.
Portanto, não se arrogue tanta superioridade, pois a imagem que lhe é devolvida no espelho da sociedade está um tanto quanto distorcida, inclusive pela nuvem de fumaça que mareja nossos olhos.