segunda-feira, 20 de agosto de 2007

MODELO DE INSEGURANÇA

Cruzeiro do Sul, a segunda maior cidade do Acre e porta estratégica do narcotráfico, não possui escrivão na delegacia de Polícia Civil, perito ou médico legista. Também não dispõe de câmara fria para conservar os corpos das vítimas, por exemplo, dos freqüentes homicídios ou acidentes de trânsito.

Apenas os corpos de pessoas consideradas importantes são conservados em improvisados recipientes com gelo, do mesmo modo como se conserva o peixe pescado no Juruá, o rio que banha a cidade.


No sábado, no balneário Igarapé Preto, foi encontrado o corpo da advogada amazonense Isabel Rebouças da Rocha, 42, que passava férias na cidade com o marido Márcio Rocha da Silva, 25, sobrinho dela.

No final da tarde de ontem, o delegado Ananias Pereira, que também fazia o papel de escrivão, morreu misteriosamente com um tiro na cabeça, dentro da delegacia, enquanto interrogava uma suposta testemunha do crime, a empregada da advogada.

Apenas um site local, com base na versão do advogado da testemunha (leia aqui), se precipitou em afirmar que o delegado cometeu suicídio. O secretário de Segurança Pública Antonio Monteiro viaja hoje para Cruzeiro do Sul e leva escrivão, policiais e peritos.

Filho de um casal de policiais da cidade, Márcio era considerado pelo delegado o principal suspeito na investigação da morte da advogada.

A polícia investiga a informação de que a mulher dele, que também era fiscal de tributos da Secretaria de Fazenda do Amazonas, possuía uma mansão em Manaus, avaliada em R$ 1,5 milhão, além um seguro de R$ 800 mil.

5 comentários:

Anônimo disse...

Valei-me, Jesus! A bruxa anda solta!

Anônimo disse...

Pode ser dito que a notícia publicada ontem pelo site http://www.ac24horas.com/index.php?option=com_content&task=view&id=4673&Itemid=9 acerca de um "certeiro" suicídio foi de total irresponsabilidade, falta de ética e profissionalismo...atitude de jornalista amador (e péssimo amador, diga-se). O incidente aconteceu ao entardecer e ao anoitecer o site já dava como peremptória a questão do suicídio. Que que é isso minha gente! Acho que vocês estão no departamento errado. Deveriam estar como "prodígios investigativos." Tá certo que no papel há a liberdade de imprensa, porém, desde que não ultraja a verdade de um fato tão delicado e os sentimentos de nós amigos e dos familiares de uma pessoa tão centrada e responsável como o Sr. Ananias Pereira. Das duas uma: ou eles tem uma mosca-prodígio paparazzi ou são jornalistazinhos imaturos na ânsia de dar a "primeira, exclusiva e irresponsável " notícia. Não é preciso ter muito senso para saber que acareações levam horas, dias, meses, algumas ficam até incógnitas. Notícias peremptórias devem ser publicadas quando os fatos possuem desfecho. Nota zero pros "afobados de plantão."

Anônimo disse...

Prezado Altino,
Cheguei ao blog no rastro do famigerado "Caso Maromba". Caso sério mas que o Brasil acompanha com "ares" de novelesco. Agora, a seqüência de crimes relatados neste post é assustadora. Seria o nosso Acre uma "terra de ninguém"? ou de aventureiros? ou de "foras-da-lei"? ou tudo junto?

Anônimo disse...

Circula pela cidade um boato de que algumas figuras da alta sociedade acreana recebiam o coquetel contra a AIDS sem que tivessem registro de saída, que obrigatoriamente deve ser feito pela saúde pública. Faziam isso para despistar qualquer possibilidade de serem reconhecidos como aidéticos. Dizem que muito remédio foi desviado dessa forma e que o rapaz que morreu (Francisco Dantas) estava sendo pressionado por essa razão, já que tinha que prestar contas do remédio distribuído.

Anônimo disse...

circula também pela cidade que o delegado de Cruzeiro do Sul que teve morte acidental com uma arma de fogo gostava de brincar de roleta russa.será?