segunda-feira, 23 de julho de 2007

ÁLCOOL VERDE SEM LICENÇA AMBIENTAL


A promotora de justiça Meri Cristina Amaral Gonçalves, da Promotoria Especializada de Defesa do Meio Ambiente, disse que a usina Álcool Verde não se submeteu a processo de licenciamento ambiental para a produção de açúcar e etanol no Acre.


Ao tomar conhecimento do conteúdo deste blog, a promotora decidiu pedir a manifestação do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac). Os aspectos ambientais decorrentes dos impactos das atividades de produção de açúcar e álcool no Acre têm sido desconsiderados pelo empreendimento.

Até agora, o que o Imac fez foi solicitar ao Grupo Farias, dono da Álcool Verde, um mero Plano de Controle Ambiental. Trata-se de um documento irrisório exigido para atividades que causem médios e baixos impactos sócio-ambientais, como serrarias, postos de gasolina, indústrias de transformação.

A legislação exige Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) de usinas como a Álcool Verde, com capacidade de moagem anual acima de 500 mil toneladas de cana. A Álcool Verde, que planeja o cultivo de 30 mil hectares de cana, terá capacidade instalada de moagem de 3 milhões de toneladas.

O Ministério Público Estadual até aqui se mantinha distante do caso. A Álcool Verde pertence a um consórcio do "governo da floresta", empresários locais e o Grupo Farias.

Um comentário:

Editor disse...

Quando o público e o privado se misturam, não dá outra coisa.

Altino, as denúncias são graves e devem ser tratadas com o rigor que a gravidade exige. Vá fundo.

Confesso que não me surpreendo, a política de favores públicos é bem visível. Sabe como é, rola uma graninha para a campanha e por aí vai.

Agora vem cá, pq o MP é sempre o último a saber?