quarta-feira, 9 de maio de 2007

AINDA O PETRÓLEO

Guilherme Fiuza

Só uma rápida observação sobre a nota da ANP.

Ainda existe por aqui (Brasil) um resquício autoritário que faz imaginar que quem dá a palavra ao outro, está desautorizando a sua própria.

A ANP procurou NoMínimo cordialmente, e este espaço cordialmente publicou sua nota.

O signatário achou melhor não comentar a referida nota, por ter horror a gente que conversa falando ao mesmo tempo que o outro. Era a hora da agência falar – sem tradução simultânea.

Diante das dúvidas manifestadas pelos comentaristas deste espaço, cabe esclarecer: o signatário não retira uma linha do artigo “O lado negro do verde”.

A informação que a ANP refuta, sobre já ser conhecida a empresa vencedora da licitação, foi dada por um diretor da própria agência, em entrevista ao jornal “Página 20”. Portanto, é a instituição desmentindo um representante seu. Não temos nada com isso.

Mas a questão central do artigo é outra. A autorização para abertura de licitação foi dada sem o prévio processo de divulgação e consulta pública, como manda a lei. Isto a nota da ANP não questiona.

O jornalista Guilherme Fiuza escreve no site NoMínimo. Embora Newton Monteiro tenha sido apresentado erroneamente pela assessoria de imprensa do senador Tião Viana como presidente da ANP, eis o que o diretor declarou na entrevista publicada pelo Página 20:

Os senhores tinham conhecimento de que isso suscitaria tanta discussão envolvendo ambientalistas e pessoas contrárias à prospecção?

Newton Monteiro – Não há razões para reações tão apaixonadas. O que está acontecendo é a execução de um plano, que começamos antes mesmo desse debate. Trata-se do primeiro levantamento aerogeofísico no Acre feito pela ANP - nada tinha a ver com a Petrobras. Estamos numa fase em que foi feita a licitação e uma empresa ganhou a concorrência para realizar os primeiros levantamentos.

O que falta então para começar o trabalho propriamente dito?

Newton Monteiro – Nós estamos aguardando uma permissão do presidente da República porque se trata de levantamento em área de fronteira. Diz a lei que em área de fronteira, numa faixa de 150 quilômetros, é necessário uma autorização expressa do presidente da República. Nesse sentido, estamos tendo o auxílio do senador Tião Viana para que possamos agilizar isso. Esta é a primeira fase do processo.

Leia a entrevista completa aqui.

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