sexta-feira, 27 de abril de 2007

ÁLCOOL E PETRÓLEO

Sílvio Martinello escreveu na coluna Gazetinhas notas reveladoras sobre os irmãos Tião Viana e Jorge Viana:

"O senador continua convencido que a exploração de petróleo no Acre não agride o meio ambiente nem as populações tradicionais.

E é necessária para o Estado ter sua independência energética.

Sobre o debate, apesar de exacerbado, com agressões gratuitas, acha que foi e será necessário, discordando do irmão, Jorge Viana, que o considera extemporâneo.

Defende inclusive a formação de uma comissão ou um fórum permanente para analisar a questão energética e seus reflexos ambientais de forma racional e fraterna.

É preciso ver – diz ele - que não é só a exploração do petróleo.

Segundo ele, logo mais o Estado vai enfrentar problemas com o funcionamento da Álcool Verde e é preciso analisar também esta questão".

2 comentários:

ALTINO MACHADO disse...

Comentário do Toinho Alves:

"Concordo com o Tião mais do que ele mesmo, quanto à necessidade do debate. Que ele seja exacerbado é perfeitamente naturtal, sempre foi assim entre nós acreanos. Não vi nenhuma agressão gratuita naquela noite no Teatrão e as agressões pagas ficaram por conta de alguns jornais e jornalistas.
Concordo também que a discussão sobre energia é urgente e não é apenas sobre o petróleo. Veja: hidrelétrica no rio Madeira, álcool no vale do Acre e petróleo no Juruá. As cabeceiras do Amazonas vão produzir energia para o mundo?
Concordo também com a formação de uma comissão para estudar e debater o assunto. O fórum empresarial que o Jorge preside pode ser um dos participantes, mas devem ser chamadas também todas as comunidades e as organizações pelegas ou não-pelegas.
Fica também combinado que a ANP tem todo o direito de, enquanto isso, ir licitando e fazendo a prospeção sem consultar ninguém. E que nós temos o direito de ir empatando e tapando os buracos que por acaso encontrarmos em nossa terra.

ALTINO MACHADO disse...

Comentário do Lindomar Padilha:

"As agressões gratuitas têm partido principalmente dos que defendem o projeto. Em Cruzeiro do Sul, a organização da palestra proferida pelo tecnico da Petrobrás, no dia 14 de abril, e os defensores do projeto de exploração de petróleo e gás em terras acreanas, têm disparado violentas críticas à posição dos que não pensam igual. Os meios de comunicação têm se dedicado a mostrar entrevistas com políticos e empresários que defendem o projeto, entrevistas em que só dizem que são a favor mas não dão nenhuma explicação e não apresentam argumentos. Não há espaço para o contraditório.
Concordo que seja criada uma comissão não só para analisar a questão energética e seus reflexos ambientais mas, principalmente, os reflexos sociais. É preciso que seja uma reflexão plural e que tenha como cerne as comunidades e não os lucros que possam advir de qualquer que seja o modelo energético. Até o momento, nenhuma comunidade foi ouvida e também não recebeu qualquer tipo de informação correta sobre o que a exploração de petróleo acarreta. Sem explicar e sem ouvir as comunidades, não adianta nada a criação de qualquer comissão por mais plural que venha a ser sua composição. Nesse debate e reflexão não podemos nos esquecer que grande parte dos ditos movimentos sociais já não expressam mais a vontade das bases que lhes deram origem. Por isso, não vale ouvir só os "representantes" dos diversos segmentos de nossa sociedade. Temos que ouvir as bases.

Bom trabalho"