domingo, 1 de abril de 2007

DE LEILA PARA GLÓRIA

Prezada Glória,

está chegando a hora. O dia já vem raiando, meu bem, e você tem que ir embora.


Na vida as pessoas são reconhecidas ou criticadas quando fazem. Quem nada faz, nada sente, apenas a dor do esquecimento.

Não imaginas o orgulho que tive ao te ver retornando a um passado muito mais dos teus pais do que teu e do Saulo. Não sabes disso, mas estive com Miguel e Guta quando vieram visitar Dona Creuza Angelim na faculdade de direito. Tive o privilégio de recepcioná-los e levá-los até onde Dona Creuza se encontrava.

Miguel estava serelepe e Dona Guta clássica, como de costume. Sempre me rendi e rendi homenagens aos que me fizeram gente. Receber meu professor de português era muito mais importante do que receber o papa, ou um presidente, ou o príncipe Charles. Mais sagrado do que um professor, só Deus.

Me entristece a infâmia, mas não mais que a ignorância. Esse é o grande mal da humanidade. A loucura, esta pouco me incomoda. Quando a ignorância tem parte com a loucura, aí não me incomoda em nada. Você, Jorge Viana, um Altino na vida, um Elson, são fundamentais quando faltam alicerces para um repensar e um repassar da história de um povo quase sem identidade. Nisso reside o grande mérito de "Amazônia - De Galvez a Chico Mendes".

Agora, veja bem: nem eu, nem você temos o direito de exigir nada de quem nada pode dar. O Acre mudou para melhor e para pior, como costumam mudar as civilizações.

Alguns se encantaram apenas com a beleza e a plasticidade da Vera e da Torloni. Outros com a braveza do Firmino. Nada que a gente não entenda. Afinal das contas, a gente dirige os olhos para o lado que quer ver melhor. Uns outros se grudaram no misticismo, uns poucos nas cenas que afrontaram a falsa pudicidadade e loucura de suas próprias vidas.


Outros na trilha sonora. Enfim, cada um viu e gostou do que quis ver e gostar. Na minha simplicidade, vi o simples e me contentei. As lavadeiras, parteiras, benzedeiras, as putas (e daí?), os regatões, e daí parti para valorizar o todo.

Estás merecendo meus cumprimentos, minha afeição maior e meu crédito constante. É pouco? Toma minha amizade, se dela fizeres aceita. Vou lançar meus textos em livro. Evidentemente, com o auxílio dos "consertadores" de plantão. Nele encontrarás um agradecimento especial para nós que temos histórias e infâncias sinônimas.

Um carinho

Leila Jalul

7 comentários:

Anônimo disse...

Fazia tempo que queria expressar meu carinho por Glória, mas confesso que escrever para ela "tremi na base", mas não dá para ficar imune a tão ridículo comentário...então... Não poderia deixar de parabenizá-la por tão nobre obra. Só poderia ter sido feita pela maestria de uma brilhante escritora e principalmente ser humano impar como Glória. Inteligente,linda, guerreira, de uma criatividade espetacular, responsável, sensível,....As palavras ficam meio perdidas, difícil encontrar uma que realmente expresse o que penso e sinto em relação a uma pessoa tão marcante quanto Glória Perez.Não tenho dúvidas nenhuma que este ser iluminado veio a esse mundo predestinada para nos dar uma lição de vida,de esperança,de luta,de fé...e para colocar um pouco de sonho nestes corações tão sofridos. Que ela continue essa fortaleza e essa pessoa tão ESPECIAL que é! Somente os cretinos e os invejosos poderiam falar o contrário de tudo que os que te amam falam e principamente criticar uma obra tão linda e inesquecível quanto Amazônia. Por tras dessa Telinha ela tem uma grande fã, admiradora que torce por ela em todos os sentidos e tenho certeza que comigo milhares de telespectadores. Espero que continue com seu dom maravilhoso, nos trazendo alegrias,sonhos e nos mostrando a realidade da vida através de sua arte incrível ! Mostrando o lindo e o horrível que existe na humanidade, para que assim possamos enxergar nossos defeitos e quem sabe superá-los! Eu ainda tenho fé que o bem sempre supera o mal no final...afinal sou brasileira e não desisto nunca! Glória é uma mulher maravilhosa, foi a única capaz de traduzir com tamanha intensidade as angústias , a realidade de nosso povo em Amazônia. Glória é verdadeiramente a glória em sí e é uma grande honra para mim que "Brendha" ter tido a felicidade em ser premiada em estreiar com ela na Telinha! Devo agradecer a Glória , aos diretores em geral e a todos da equipe, pq sei que o Sucesso dela são de todos , pois ela sonhava em conhece-la, fazer parte do seu universo e Glória deu a ela esta oportunidade. Quero apenas deixar, minha profunda gratidão e principalmente RESPEITO por ser esta mulher espetacular, que sempre teve forças para lutar com intensidade e amor no coração... Com muito carinho
Marly Prata Haddad (mãe de Brendha Haddad)

Anônimo disse...

Altino e Leila, segundo o Dicionário Escolar da Língua Portuguesa de Dermival Ribeiro Rios, GLÓRIA é o mesmo que celebridade adquirida por grande mérito, renome, fama, pessoa muito ilustre, esplendor, grandeza, magnificência, pessoa célebre, felicidade perfeita, entre outros predicados mais, não há como contestar que a nossa Glória Perez não seja tudo isso, ainda mais por ser a Glória acreana, a nossa irmã Glória...Leila foi muito feliz em expressar seu carinho e consideração pela nossa Glória... Da minha parte, me sinto honrado pela conterranea Glória Perez.
Abraços

Anônimo disse...

Senhora Marly Prata, como vivo muito sozinha, faço da televisão minha companhia das madrugadas da vida.
Tempos atrás, no Programa Altas Horas, apresentado pelo menino Serginho Groisman, vi lá a Brendha, muito nervosinha (câmera dá esses medos), respondendo que pensava em seguir a carreira artística. Coisa muito natural na idade dela, pela beleza cabocla que tem, ter esse tipo de aspiração.
Fiquei feliz por ter a garota conseguido a oportunidade. É tudo um começo, é bem verdade. Um bom começo. Daqui para a frente vai começar a fase principal de sua carreira - estudar, estudar e estudar. Rostos bonitos na televisão existem muitos... uns logo desaparecem.
Torço para que consiga se realizar.
Leila Jalul

Anônimo disse...

Calma pessoal... foi só uma opinião do Lhé....rss... do Lhé...rsss... do Lhé..r.sss... gente boa, da paz... mas às vezes mais um louco varrido, como todos nós..rss., lutando contra moinhos de vento.... e falando bobagens...rss... manda ele aqui pra Saturno, que precisa ver a "coisa" pelo ângulo interestelar..rsss.. de cima...
Já vc Leiloca..rss... sempre lúcida e inteligente...produtiva...rss...e sem frescuras..rsss... Parabéns

Astronauta
http://cavernadesaturno.zip.net

Anônimo disse...

Glória, os acreanos de bem Lhe agradecem, Lhe amam e nunca hão de Lhe criticar pelo seu belo trabalho. Acho até que o Acre deve Lhe pedir desculpas, senão perdão,
pelas grosserias injustamente recebidas dos que não tiveram a sensibilidade de reconhecer a importância histórica de seu trabalho. Do fã anônimo que também Lhe quer bem.

Anônimo disse...

Quanta hipocrisia.O que é que tem?? Nossos avós e antepassados foram os donos desse bordel que é o Acre. A Glória descreveu muito bem isso e ninguém achou ofensa. Agora só porque o Lhé resolveu apresentar sua frustração com ela, que não deixou bem claro como surgiu aquele ditado que diz: "fiofó de bêbado não tem dono" (foi numa daquelas festas onde homem dançava com homem, em um seringal de Xapuri, depois de muita cachaça) todo mundo tá se horrorizando...blarg!!!

Anônimo disse...

Como ninguém achou ofensa? a confusão tá armada exatamente porque o donzelo Lhé porta voz das donzelas e comportadas senhoras do Acre e Aquiri se sentiram extremamente desrespeitados. "A vida é um Cabaret", o Lhè sabe disso, mas como gosta de fazer política com as "mulheres", terminou caindo na esparrela da culpa.