segunda-feira, 5 de junho de 2006

COMÉRCIO SOLIDÁRIO

Daqui, de uma cidadezinha do sul da França, estava procurando uns documentos sobre comércio solidário no Brasil. Sou brasileira e moro na França há dez anos e agora vou começar a trabalhar por minha conta.

Com uma vontade grande de ajudar o meu próximo, acabei encontrando uma idéia inovadora e solidária para trabalhar. Vou vender produtos do comércio solidário, que eles chamam por aqui "commerce équitable".

Surpresa total quando vi que os distribuidores aqui na França quase não têm produtos originários do Brasil. Parece que não estamos mais na categoria de país em desenvolvimento.

Uma pena, porque sabemos que o Brasil tem ainda muitos anos de atraso em solidariedade e miséria, mesmo se as coisas andam melhorando. Pensei que podia unir duas idéias em uma: promover meu país e vender produtos solidários. Grande decepção.

Minha avó era acreana, mas infelizmente nunca pude conhecer o Acre. Sei que é um estado lindo, ainda tão puro que nem parece no Brasil. Concordo quando o professor Alceu Ranzi diz num artigo que "o Acre teria a oferecer - castanha beneficiada e em casca, artesanato indígena, guaraná, frutos tropicais e outros produtos, dos tantos bons que temos".

Tenho varios contatos agora aqui na França com os distribuidores e sei que eles estão sempre procurando novos fornecedores e cooperativas para ajudar. Talvez possamos fazer algo para divulgar a imagem do Acre na Europa, mesmo se a loja Chico Mendes não é brasileira.

Gostaria de saber se no Acre já existem cooperativas e se alguma tem projetos ou já sabem o que é o comercio solidário. Estamos procurando novos fornecedores, com projetos de cooperativas, que desenvolvam uma região. Pode ser de alimentos ou de artesanato.

Aqui vai o site do grupo francês Covaceq, pra você ter uma idéia.

Muito obrigada

Maritza Ouy

Prezada Maritza, no Acre existem várias cooperativas de produção de castanha, borracha, polpas de frutas e outros produtos não madeireiros. Desconheço a existência de alguma que tenha prosperado a partir dos projetos de comércio solidário. A desorganização da cadeia de produção é um dos grandes entraves. Espero que sua mensagem possa atrair o interesse de alguém ligado ao setor. Para contato com Maritza, clique aqui.

4 comentários:

Anônimo disse...

Altino / cadê os últimos comentários oferecidos a esta matéria?

Anônimo disse...

Mário, não recebi outros comentários. Lamento. Aliás, o www.blogger.com passou quase o dia inteiro em manutenção e por isso não consegui postar nada. Queira repetir os comentários.

Anônimo disse...

Sobre o artigo que se refere a Maritza o mesmo pode ser acessado em www.ufac.br/imprensa/2004/junho/artigo1163.html

Anônimo disse...

Altino / pena que meu primeiro comentário tenha-se perdido, por conta de alguns desses mistérios que atacam o ciber espaço, vez por outra. Tinha percebido a dificuldade com o provedor. Por enquanto, lembro, apenas, que existe uma Secretaria Nacional de Economia Solidária no Governo brasileiro. Acredito que esta secretaria ainda é administrada pelo professor Paul Singer, um dos teóricos e divulgador da Economia Solidária no Brasil.