O secretário de Meio Ambiente de Rio Branco, Arthur Leite, disse que os responsáveis pela queima de lixo urbano, como a que presenciei no bairro Vila Ivonete, serão multados durante a estiagem na região, que se estende de maio a outubro. No verão do ano passado, a população do Acre enfrentou sérios problemas por causa do acúmulo de fumaça resultante das queimadas de florestas e pastagens. Durante mais de um mês as queimadas foram proibidas no Estado, mas foi constatado posteriormente que naquele período foi quando mais as pessoas tocaram fogo.A medida da secretaria foi adotada em parceria com o Ministério Publico Estadual. Além de multas, que podem variar de R$ 120,00 a R$ 10 mil, os infratores terão que responder a processo no Juizado Especial de Pequenas Causas. A fiscalização ambiental da cidade chega a receber até 80 denúncias de queima nos finais de semana.
No blog Ambiente Acreano, o pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Evandro Ferreira, volta a advertir que os dados metereológicos indicam seca severa no Acre em 2006.
Caso as chuvas na região não voltem aos níveis normais nos próximos meses, a seca deverá ser mais grave do que a verificada em 2005, o "ano da grande seca amazônica".
- Se isto se confirmar, vai ser também a "quebra" de uma tradição, conforme os dados de precipitação colhidos entre 1970 e 2005, que indicam que as secas na região só acontecem a cada 3 ou 4 anos - acrescenta Ferreira.
No ano passado, de janeiro a setembro, tivemos precipitação inferior às médias históricas. Janeiro, julho, agosto e setembro foram considerados "muito secos".
- Em 2006, até o final de abril, tivemos três meses com precipitação inferior às médias históricas, dos quais janeiro e março foram considerados como "muito secos". Em maio, até o dia 13, a precipitação acumulada é de apenas 1 mm - assinala o pesquisador.
O rio Acre, que abastece os municípios de Assis Brasil, Brasiléia, Xapuri e Rio Branco, atualmente está com nível inferior ao normal para esta época do ano. Evandro Ferreira afirma que isso é resultante de dois meses seguidos de precipitações inferiores ao normal, em março (164 mm) e abril (156 mm).
- Isto não aconteceu em 2005, quando a precipitação foi de 219 mm (março) e de 229 mm (abril).
Estão disponíveis neste blog, em vídeo, questionamentos levantados por Evandro Ferreira e pelo jornalista Antonio Alves. Vale a pena conferir.
Um comentário:
É, mas sem uma equipe eficiente a Secretaria de Meio Ambiente de Rio Branco não poderá nada. Já liguei lá duas vezes pra denunciar queima de material de construção em obra e fui ignorado.
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