O site "Erros da Hora" deveria respeitar os seus leitores, sem apelar pro sensacionalismo de baixíssima categoria como o faz agora. Manchetou o redundante título "Aposentada é atropelada e morta em acidente fatal".
- E que fatalidade - comentou um atento leitor deste blog.
Mas o mais bizarro foi a decisão do editor Roberto Vaz de publicar as fotos do corpo dilacerado da velha, com a recomendação de que não sejam abertas na presença de crianças.
Eu fico a imaginar como o Roberto Vaz teria reagido caso a mãe dele, que era deficiente física, tivesse morrido atropelada e as fotos do corpo dela estivessem publicadas num veículo de comunicação.
Outro dia, Vaz publicou uma sequência de fotos de um suicida enforcado. Convém mesmo manter as crianças afastadas do "Erros da Hora".
NOTA: o título da notícia já foi corrigido após o registro aqui, mas as fotos permanecem no site. Tomara que a família da aposentada Maria Lopes Marques tome conhecimento e busque na Justiça uma indenização merecida. O Roberto Vaz enviou ao blog a seguinte mensagem:
"Gostaria que o nobre jornalista esquecesse este site. Você não vai conseguir brigar comigo. Você já pensou se fossêmos reclamar da Folha, Estadão, O Globo... pelas fotos publicadas com corpos dilacerados pelos ataques suicidas? Tudo bem. Que Deus continue te fazendo feliz. Nada mais tendo a comentar, tchau!
Roberto Vaz
Editor do Notícias da Hora"
3 comentários:
Estou boquiaberta com a matéria, revoltada e um pouco de coisas mais que seria indelicado da minha parte escrever aqui no seu blog. Todos sabemos que ética é um assunto muito mais do que pessoal, que "ética" vem de cada ser e sua formação e acumulo de bagagem da vida, a ética pode ser comentada em uma sala de aula, pode ser comentada em nosso trabalho e também no nosso dia-a-dia, mas não podemos ensinar ética, não cabe a nós, cabe a consciência de cada ser humano, muitos jornais e empresas se utilizam de uma situação como a de hoje colocada aqui para se promover entre tantas e outras coisas. Isso me revolta, tanto como professora de fotografia, como professora de informática, como jornalista, como pessoa, como em minhas crenças espirituais entre tantas outras coisas, o mínimo que poderia ser feito se realmente quisesse divulgar as fotos seria esconder o rosto da senhora e deixar os pedaços dilacerados para que matasse a curiosidade humana de se ver o mórbito (casos estudados por psicólogos e comunicadores), eu já havia me revoltado (coisa - se assim posso chamar - pessoal minha) quando o site divulgou foto de um acidente de moto amigo meu, até naquele caso entendi que meu amigo era uma pessoa pública e que as pessoas gostariam de ver o que aconteceu, mas neste caso, desejo que realmente a família dessa idosa o processe, porque não me venha com desculpa que as pessoas querem e o obrigam a colocar imagens como aquela ... o que não se aprende no amor se aprende na dor, quem sabe colocando a mão no bolso dele ele reflita melhor sobre o material que coloca em seu veículo de comunicação.
Não abri as fotos: falta-me estômago e tampouco quero aumentar a audiência de um troço desses. Como jornalista e pesquisador em comunicação, acho q a ética nesses casos se resume à pergunta: mostrar o corpo dilacerado é importante para a matéria? É importante ver o QUANTO o corpo foi dilacerado, se arrancou a perna ou só ficou pendurada, se deformou a face? Dizer q foi dilacerado não basta?
O mais incrível é q muitos dos caras q põem essas coisas no ar sequer vêem erro nisso, pois se acostumaram a pensar somente em termos de audiência. Pobre Jornalismo. Podemos pensar numa campanha para incentivar q os parentes da aposentada processem o site. Seria didático.
Altino, não conheço o tal site e, depois dessa, não tenho a menor vontade de conhecer.
Denomino isso de jornalismo urubu e nem sei se este animal merece ser comparado a pessoas que querem chamar a atenção à custa do sofrimento e até da morte alheios.
Você está certo quando se pergunta o que ele faria se visse a própria mãe assim exposta.
É um abuso inominável e, tal como você torço para que ele seja processado.
Obrigada por nos alertar para esse tipo de "informação.
Beijos
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