domingo, 19 de fevereiro de 2006

TÁ NA HORA DO EMPATE

A platéia fez máximo silêncio quando a advogada paraense Eliane Moreira começou a falar a respeito da valorização e defesa dos direitos dos povos tradicionais sobre os seus conhecimento, durante o seminário "Ciência e Saber na Amazônia", em Cruzeiro do Sul (AC). Ela chamou a atenção de lideranças indígenas, ribeirinhos, seringueiros e extrativistas não apenas pela beleza e simpatia, mas sobretudo por defendê-los a partir de uma lógica apaixonada e competente. Ao término da palestra, foi bastante aplaudida e cumprimentada.

Eliane Moreira é professora do curso de direito ambiental do Centro Universsitário do Pará (Cesupa), mestre em direitos difusos e coletivos pela PUC de São Paulo e doutoranda em desenvolvimento sustentável do trópico úmido pelo Núcleo de Altos Estudos Amazônicos da Universidade Federal do Pará.

Ela coordena o Núcleo de Propriedade Intelectual do Cesupa, que é o responsável pela gestão institucional da propriedade intelectual. Por seu intermédio são construídas as pontes entre as instituições que geram conhecimentos e tecnologias e o setor produtivo, transformando os resultados das pesquisas em produtos e serviços que propiciem a melhoria da qualidade de vida da população.

- O Acre é o grande ponto de referência de todas as pessoas que trabalham com os direitos socioambientais. Vejo que, do Acre, com certeza, deve emergir uma movimentação que garanta a discussão sobre os direitos dos povos tradicionais, mas que caminhe no sentido das garantias desses povos. Esses povos precisam olhar para o passado de Chico Mendes e fazer o "empate" agora, para impedir que os direitos deles sejam derrubados - aconselha a paraense.

Assista (abaixo) o bate-papo com Eliana Moreira.

2 comentários:

Anônimo disse...

Altino,
Conheci a "fera" pessoalmente...agora deu para entender porque você fez dois posts com ela...

Anônimo disse...

Altino,
Conheci a "fera" pessoalmente. Agora entendi porque você fez dois posts com ela, com direito a entrevista!
Evandro
PS. Ela passou uma tarde com a gente em uma sala da embrapa (em Brasilia) discuntindo a proteção do saber tradicional...