quinta-feira, 9 de fevereiro de 2006

NADA É POR ACASO

Quarta-feira. Mais um dia de gravação no estúdio AR. Baterias do telefone celular carregadas. Pouco antes das 18 horas, Eneyda, irmã do João, chama pelo telefone para combinarmos viagem a Atibaia (SP). Comento que o João poderia encontrar com o governador e ela se compromete a rezar para que o encontro seja harmonioso e produtivo.

- Se tiver para ser, será - avisa encerrando a conversa.

Às 18h28, o telefone de casa toca. Era o governador dizendo que poderia nos ver naquela noite. De novo interrompi a gravação para que João ligasse para ele e combinassem o encontro. Mais tarde fiquei sabendo que a chamada caiu na secretária eletrônica. Às 20h20, fiz a ligação e o João falou com o governador. Ele viria ao nosso apartamento!

Convidamos para estar conosco o Lysias Ênio, irmão do João e um dos principais parceiros na obra dele. Tetê Morais, cineasta, esposa de Lysias também veio.

Meia-noite e três minutos o porteiro Chico anuncia:

- O senhor Jorge está subindo.

- Jorginho!

O governador anunciou logo, com largo sorriso, que em menos de 40 dias vai inaugurar a Usina de Comunicação e Artes João Donato. Que veio ao Rio conversar com a novelista Glória Perez e que os dois concordam que João Donato seja convidado a compor alguns temas para a minissérie sobre a história do Acre.

- A inauguração da Usina vai ser uma grande homenagem e você tem que estar lá, João.

Donato sorria, mexendo as pernas como um menino. Quase eufórico, Jorge Viana comentou sua surpresa ao receber meu telefonema no momento em que falava com José Roberto Marinho sobre João Donato.

Nada é por acaso. Quando contei essa passagem ao Altino, ele disse:

- Foram boas conexões, conspiração favorável. Essas coisas acontecem mesmo, quando têm que acontecer. E independe da gente. Somos meros instrumentos. (I.B)

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