Parece mentira, mas não é. O Acre pega fogo, porém nenhum dos quatro jornais diários de Rio Branco, a capital, é capaz de enviar repórteres para acompanhar os focos de incêndio e os esforços para apagá-los, como na Reserva Extrativista Chico Mendes.
A apatia da imprensa acreana em esperar press-release com a versão das autoridades é de lascar.
Aliás, nesses dias tenho me divertido mesmo é em acompanhar os prognósticos feitos por metereologistas. A Gazeta tem consultado um cujo nome é bem metereológico, o Davi Friale.
Na edição de domingo, na primeira página, o jornal destacou que a friagem e a fumaça chegariam no dia seguinte, baseado na previsão dele. Chegaram ontem a friagem e um pouco de chuva, mas nada de fumaça.
Davi Friale chegou a afirmar que a fumaça, oriunda de grandes incêndios na Bolívia, poderia gerar uma situação mais grave que a constatada na semana passada, quando a poluição do ar atingiu níveis intoleráveis.
Segundo o metereologista, seu prognóstico evidenciaria que o Acre não era o causador de toda aquela fumaça.
Bem, como o prognóstico dele em relação à fumaça fracassou, deduz-se então que as queimadas eram todas do Acre.
Perdoem-me pelo trocadilho, mas Davi Friale é uma fria.
Isso tudo depois daquela reportagem do Página 20 anunciando que o Acre seria atingido por chuva ácida após a estiagem.
- Ferro, alumínio, agrotóxico, esgoto e fumaça. Estes são alguns dos elementos que serão despejados em todo o Estado com as primeiras chuvas pós-estiagens previstas para ocorrer daqui a dez dias - anunciou o jornal ainda em 18 de agosto na reportagem "Chuva ácida pode destruir vegetação".
Quem quiser, pode conferir também a nota "Valha-nos Deus!".
Divirtam-se.
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