sexta-feira, 1 de outubro de 2004

A BALSA É DO BITTAR



Explicação do jornalista Antônio Alves sobre a balsa na qual navega agora Márcio Bittar, o candidato derrotado a prefeito de Rio Branco pelo PPS, que deixa um bando de viúvas mal-amadas e insones:

"Como os amigos de alhures talvez não entendam, cabe uma explicação: a balsa é o principal folclore político do Acre. Nos tempos de antigamente, quando o Acre era Território Federal, governado por interventores, era comum deportar-se algum deles ou outra persona non grata, colocando o infeliz sobre uma balsa e mandando-o rio abaixo.

No final dos anos 60, o cronista Aloísio Maia gozou os candidatos derrotados de uma eleição recuperando a história da balsa e acrescentando-lhe detalhes cômicos. Dizia que iam de balsa para a cidade amazonense de Manacapurú, onde ficavam no barranco escutando o choro do surubim. Desde então, a balsa é cantada em prosa e verso a cada eleição.

Os cartunistas a publicam nos jornais (há sempre duas ou três versões preparadas desde a véspera, para qualquer resultado). E os militantes cantam na rua "uh, tererê, a balsa é do PT" ou "rá rá rá, a balsa é do Bittar". Tem sempre uma turma mais gaiata que faz uma balsa de madeira e solta no porto da Gameleira."

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