A Eletrobras suspendeu, por falta de pagamento, o fornecimento de energia elétrica à Plasacre, empresa de reciclagem que transforma o resíduo plástico de Rio Branco em novos produtos, como telhas, mourões de cerca, cestos de lixo, cocho para gado, paradas de ônibus, lixeira etc.
A empresa enfrenta sérias dificuldades financeiras porque o governo estadual, que é o principal cliente, não honra os compromissos de pagamento há três meses.
A Plasacre, que possui 72 funcionários registrados e 150 catadores cadastrados, é resultante de um investimento de R$ 17 milhões dos empresários Eder Paulo Santos e Olavo Castilho, sendo R$ 8 milhões financiados pelo Banco da Amazônia.
Rio Branco produz diariamente 180 toneladas de lixo. Como o processo de descarte não acontece de maneira seletiva, menos de 20% do lixo é captado para reciclagem.
Os catadores da Plasacre entregam diariamente 10 toneladas de material reciclável.
Por causa de atrasos no pagamento por parte do governo, a Plasacre não consegue colocar seus produtos no mercado na mesma velocidade com que coleta e recicla.
- Conversamos com o governador Tião Viana. Ele está ciente da situação e prometeu que os pagamentos serão normalizados. Vamos aguardar - disse o empresário Eder Paulo Santos, sem revelar quanto o governo deve à empresa.
- Conversamos com o governador Tião Viana. Ele está ciente da situação e prometeu que os pagamentos serão normalizados. Vamos aguardar - disse o empresário Eder Paulo Santos, sem revelar quanto o governo deve à empresa.
Em março, a inauguração das instalações da Plasacre, no Parque Industrial, foi marcada pela euforia política.
ResponderExcluirLugar algum no mundo se implementa uma indústria que dependa essencialmente da compra por parte do poder público. Se não há mercado na iniciativa privada, abandona-se o projeto. Esse é mais um caso de natimorto financiado com dinheiro público.