POR TERRI VALE DE AQUINO
Velho Altino,
síndico da imprensa acreana (como o Tim Maia foi na MPB), só pra você registrar, em seu famoso blog, o lançamento do livro "Papo de Índio", de minha autoria, nesta quinta-feira (26), a partir das 19 horas, no Casarão.
Depois da alegria pela libertação do meu filho Irineu Kaxinawá, vamos celebrar juntos o lançamento do livro em Rio Branco. E espero contar com a presença de nossos amigos advogados - os doutores João Tezza e Armyson Lee.
Então, velho Altino, os primeiros papos de índio viraram um livro bonito, de mais de 300 páginas, com uma orelha de elefante sagrado da Índia (afinal o txai aqui é o Ghandi do Acre tupiniquim, porque adora as Índias), denominada "Tá no Papo", de autoria do antropólogo acreano Marcelo Piedrafita Iglesias (ele já recebeu o título de cidadão acreano, lembre-se disso).
E tem ainda uma brilhante introdução do antropólogo Alfredo Wagner Berno de Almeida, editor do livro pela Universidade Estadual do Amazonas (UEA) e pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM), intitulada "A Batata Amarga dos Sonhos - O prólogo dos prólogos" - ele está se referindo ao Rare Muka, uma batatinha amarga das mirações oníricas encontradas em nossas florestas e muito usada pelos Yawanawá, Kaxinawá e por outros povos pano em suas iniciações xamânicas; já "prólogo dos prólogos", porque a idéia é publicar outros dois livros de papos, agora em parceria com o compadre Marcelo Piedrafita.
O livro é também uma homenagem à imprensa acreana, no tempo em que os jornais não eram muito "vendidos" no Acre.
Os primeiros papos, de que trata esse livro, foram inicialmente publicados no jornal A Gazeta do Acre (no tempo em que o Elson Martins e Sílvio Martinello eram os editores), e que depois foi transformado em A Gazeta (agora só com o Sílvio).
Diz pro pessoal do Página 20 não ficar com muito ciúmes, até porque os próximos dois livros referem-se aos papos publicados no "galinho bom de briga".
Estou esperando os sinais espirituais da vida para que possa voltar a morar de novo no Acre, que, apesar de "cruel" ao seu povo (veja as enchentes), tanto amo e dediquei os anos dourados de minha
vida.
Agora que a velhice está batendo a minha porta (que eu sempre peço pra esperar mais um pouco, porque ainda estou na luta e não me aposentei), quero ser um velho feliz lá no Alto Santo, acordando todos os dias cantando os belos hinos de Juramidã.
Um abraço
Txai Terri Aquino
Saudades, Txai Terri.
ResponderExcluirEstou aproveitando bastante o trabalho do Marcelo.
Quero um desses livros, sem dúvida.
Saúde e paz.
Finalmente, uma boa notícia.
ResponderExcluirÉ isso ai parente!!!
ResponderExcluirParabéns txai, vida longa e feliz. Abços, Maria Craveiro.
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