sexta-feira, 4 de abril de 2008

ACRE CONQUISTA MAIS TERRITÓRIO

Os municípios amazonenses Guajará (foto), Ipixuna, Eirunepé, Envira, Pauini e Boca do Acre serão considerados acreanos


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ão há o que comemorar, cara-pálida. Seremos donos de mais miséria, analfabetismo, malária, hepatite e isolamento, embora não consigamos tomar de conta nem de Santa Rosa do Purus e outros.

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O Supremo Tribunal Federal encerrou uma disputa judicial por território que se arrastava há 26 anos entre os estados do Amazonas e do Acre. Com a decisão, o Amazonas perdeu 1184 km² na área da divisa. Seis municípios amazonenses (Guajará, Ipixuna, Eirunepé, Envira, Pauini e Boca do Acre) e dez mil habitantes agora serão considerados acreanos".

Assista a notícia divulgada hoje no Jornal Nacional.

10 comentários:

  1. Companheiro, até que enfim a melhor farinha de mandioca é do Acre!
    Parabens!

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  2. Temos que considerar tambem que Boca do Acre tem quase metade do rebanho bovino Amazonense

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  3. Altino .. ainda estou longe cuidando da saude... mas sao apenas 10 mil habitantes... pensei que eram 100 mil

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  4. Altino, me lembrei de pesquisar no site do IBGE, e chegei ao numero de 125091 habitantes nos 6 municipios.

    Boca do Acre 29672
    Eirunepé 29411
    Envira 16409
    Guajará 14097
    Ipixuna 17177
    Pauini 18325

    http://www.ibge.com.br/home/estatistica/populacao/contagem2007/AM.pdf

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  5. Anônimo10:57 AM

    Nem acho isso tão bom assim.

    Talvez possa significar mais florestas destruídas madeiras vendidas ilegalmente, pastos aumentando, queimadas e mais queimadas, afinal são dez mil habitantes que agora são acreanos.
    Leila Ferreira

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  6. Anônimo1:10 PM

    Este seu comentário não foi feliz:

    "Não há o que comemorar, cara-pálida. Seremos donos de mais miséria, analfabetismo, malária, hepatite e isolamento, embora não consigamos tomar de conta nem de Santa Rosa do Purus e outros."

    Foi totalmente racista e provinciano. Espero que se desculpe pelos habitantes destas cidades que são brasileiros como você e merecem o mesmo respeito.

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  7. Meu caro, não falo das pessoas. O meu saudoso pai nasceu em Eirunepé, por exemplo. Acho que o povo quer e merece saúde, educação... E não acredito que tenhamos isso para oferecer a contento. Ou você que dizer que não existe miséria, analfabetismo, malária, hepatite e isolamento naquele fim de mundo? Não vou me desculpar pelo que escrevi. Tenho dito.

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  8. Anônimo2:23 PM

    Altino,
    a decisão recai sobre todo o território desses municípios ou apenas parte deles?
    Por que se for levar em consideração todo o território daria mais de 10 mil habitantes!
    E os repasses do estado para essas prefeituras têm que ser feito pelo Acre, agora?

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  9. Ao Acre foi transferida a responsabilidade de fazer chegar as populações incorporadas motivos para sonharem com melhores dias. Sabendo como ainda são tratados os pioneiros assentamentos acreanos, não sei se essas comunidades terão algo a comemorar. Aqui inverto o que falou o Altino: àquelas comunidades é que cabem as avaliações sobre o que lhes aconteceu com essa decisão. Será que foram consultadas sobre essa alternativa?
    As mudanças tipo desmembramentos, formação de novos municípios, realizam-se com base em consultas populares mesmo que nem sempre bem conduzidas. No Acre, por exemplo, há desmembramentos com a formação de novos municipios que são vergonhosas. Acompanhei a consulta em Epitaciolândia e assisti muitos moradores no território boliviano sendo trazidos de caminhão para votarem na consulta por iniciativa dos principais inteessados no desmembramentos: os que passariam a controlar o novo municipio, como Luiz Assem. Por outro lado, é uma consulta unilateral que desconhece a opinião dos membros da comunidade de onde são retirados população, recursos naturais, terra produtiva, fontes de receitas fiscais e por aí vai. Consulta-se, apenas, os moradores a serem desmembrados. Eu não tenho qualquer informação de procedimentos relativos a consultas populares. Conhecia uma demanda acreana sobre os limites ao norte, por conta da tal linha Dias Gomes, cujo traçado era motivo de desacordos.

    Em síntese, fico imaginando como se deu esse "remanejamento" das populações entre Acre e Amazonas. Mesmo no caso de Boca do Acre, uma comunidade bem mais próxima de Rio Branco com quem mantinha uma proximidade em diversos pontos, a história nos fala mais forte. Como se sentirão os moradores de lá?

    Imaginem que o Amazonas tentou, desde o primeiro momento da história do Acre, incorporar o território acreano inteiro o que não conseguiu mesmo com o concurso do advogado Ruy Barbosa. Ironia das ironias, perde, agora, um bom pedaço do seu território para o Acre.

    Talvez, Altino, estejam sendo formados temas para tuas investigações jornalisticas.

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  10. O comentário da Leila dá o nome da guerra Acre - Amazonas: A Guerra da Farinha.

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