segunda-feira, 15 de outubro de 2007

O PAC NO ACRE

O governador Binho Marques (PT) conseguiu emplacar uma na seção de cartas da revista Veja da semana. Diz ele:

"Em relação à nota "Tem buraco na estrada" (da coluna Radar da edição 2 029 da revista VEJA), faz-se importante esclarecer que o Tribunal de Contas da União (TCU), no acordão mais recente sobre o asfaltamento da BR-364 no Acre, dá ciência ao Congresso Nacional que as questões apontadas "não exigem, até o momento, a paralisação da execução física, orçamentária e financeira" da obra. Quanto às observações apontadas na coluna, por serem de caráter eminentemente técnico, o TCU, órgão competente para avaliar e julgar o assunto, como já ocorreu em outras fiscalizações, determinou que mais elementos fossem juntados ao processo, o que está sendo feito no momento por profissionais habilitados. Outros itens já foram levantados, mas justificados e acatados pelo TCU. Temos certeza de que todas as observações indicadas serão devidamente esclarecidas. No mais, fique certo de que, para o nosso governo, é questão de honra e de vida que as obras aconteçam dentro da legalidade e, acima de tudo, para atender ao interesse público".

Eis a nota do colunista Lauro Jardim na edição 2.029: "Se há algo que poucas vezes se viu na história deste país é um relatório como o que foi votado pelo TCU na semana passada. Ele descreve uma avalanche de irregularidades em obras do PAC no Acre. Estão todas lá, na construção do trecho da Rodovia BR-364, que liga as cidades de Sena Madureira e Cruzeiro do Sul. Quem quiser entender o que aconteceu nem precisa decifrar termos como "quantificação superestimada de volumes de escavação" ou "previsão antieconômica de utilização de motoscrapers". Basta saber que é maracutaia".

4 comentários:

  1. Anônimo3:32 AM

    Altino vc já viu a notícia que está neste link na Folha de São Paulo on line http://www1.folha.uol.com.br/fsp/

    Bem concordo que temos muito a melhorar mas administrativamente não se pode negar que dentro ddos vários ítens que fazem parte uma politica séria de valorização da educação, o Acre se destaca em pelo menos um.

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  2. Anônimo8:40 AM

    Olha, não basta dizer que não rouba. É preciso não roubar.

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  3. Anônimo9:08 AM

    O pior de tudo é saber que não vai acontecer nada, ninguém será punido ou cassado, o dinheiro desviado não retornará aos cofres públicos, os façanhudos posam de homens públicos acima de qualquer suspeita e até ocupam importantes cargos na sereníssima República da Banânia e mesmo a imprensa (ah, a imprensa!, temos a melhor que o dinheiro pode comprar) logo, logo também deixará tudo de lado. Devo prosseguir até o tédio, posso sem armas rebelar-me, como se perguntava o Drummond?

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  4. Anônimo7:38 PM

    O pior que que logo virão explicaçõe estapafurdias como as que Maluf fazia lá em SÃo Paulo. Dirão que o terreno amazônida é diferente do restante do país, que as condições são outras, enfim,colocarão uma série de subjetividades...
    Quando o tunel do metrô de S. Paulo desabou Maluf disse que obra feita no governo dele pode ser até mais cara, mas não desaba...

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