Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
◙ Bandeira escreveu o poema "O bicho" no Rio, em 27 de dezembro de 1947. Tirei a foto da mulher acima em Cruzeiro do Sul (AC), no dia 6 de junho de 2007. Clique sobre a imagem.
Esse bicho que engole com voracidade tudo que encontra, é cria do bicho que com a mesma voracidade se lambuza nos cofres públicos e costuma jogar migalhas a outos bicho que se seguram na lapela do colarinho branco.
ResponderExcluir"O lixo faz parte da vida. O final do serviço é o lixo. E é dali que começa… por Cláudio Oliveira.
ResponderExcluirFoto muito boa infelismente todos nos gostariamos de ver em utro ambiente mais o dinheiro esta concentrado no bolso da menoria.
Altino, sou amazonense, mas tenho uma ligação com o Acre. Na condição de juiz de direito de Ipixuna/AM (06/2005 a 07/2006), fazia "escala" em Cruzeiro do Sul. Por incrível que possa parecer, alcançar Ipixuna é mais fácil indo até essa cidade acreana. Mas isso é outra história. Parabens pelo seu blog, leio-o regularmente, e gostaria de obter permissão para republicar no meu blog (com os devidos créditos) a foto que ilustra "O bicho". È comovente a ilustração e o poema-texto de Manuel Bandeira.
ResponderExcluirParabens, mais uma vez.
Carlos, sempre que quiser, está autorizado a reproduzir qualquer conteúdo do blog. Um abraço
ResponderExcluir